RISO FROUXO

VOLTO a informar, como vou comer um feijoada metida a chique (sem pé de porco)e amanheci sem querer falar em assunto desagradável, vou deixar de lado neste domingo os pafúncios panças e suas gramatiquices, capitão cloroquina e a pandemia. Fase Darta Paz e Amor. Vamos ao assunto ameno.

Concordo que a pessoa não deve viver sorrindo o tempo todo. Isso não seria um comportamento normal (quem é totalmente normal?). Mas, por outro lado, não é necessário viver diuturnamente triste, amargo, como alguém que engoliu uma ferramenta. Pessoalmente, mesmo sendo meio arengueiro, sou um sujeito que tem o riso frouxo como dizia a minha avó paterna. Só não rio mais por causa da asma. Mas sou também daquele tipo que passa do riso à arenga com facilidade, tipo pavio curto. Lembro que certa feita estava no banco datilografando uma cédula rural e, de repente, pensei em algo divertido e ri, o gerente vinha passando parou e chato perguntou se eu estava vendo desenho animado. Respondi na hora como caldo de cana: - Não, mas quando vejo um palhaço chato rio por caridade. Ele ficou vermelho que nem um pimentão, mas me conhecia e deu o pira com o rabinho entre as pernas. Ele sabia que nao poderia me prejudicar, elesabia que eu sabia de muita coisa. Passou a me dar tratamento VIP.

Bem, mas o que desejo mesmo dizer é que precisamos muito do riso, da alegria, assim como da lágrima. Precisamos de otimismo, mesmo nos momentos de dificuldade. Lembro Carlitos: Creio no risoe na lágrima como antídoto contra o ódio e o terror". Dele também recordo algo sobre a necessidade do humorismo:"O humorismo alívia-nos das vicissitudes da vida, ativando o nosso senso de proporção e revelando-nos que a seriedade exagerada tende ao absurdo",

É como canta o Samba da Benção: "É melhor ser alegre/ do que ser triste/alegria é a melhor coisa que existe/ É assim como a luz/No coração...".

No mais, xô baixo astral. E priu. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 16/08/2020
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