Circo acabou namoro

DOMINGO, dia de feijoada ligth (sim porque não encontraram pé de porco), já provei um copinho do caldo após tomar uma lapadinha de Pitu,tá nos trinques. Não vou hoje falar em nenhum pafúncio pança e suas manias de gramatiquices,nem falar da pandemia e nem tampouco do capitão cloroquina. Vou de assunto mais ameno. Contar um dos causos do meu passado.

Lembro como se o fato tivesse acontecido hoje. Mesmo sendo algo que retrata o preconceito de uma época (começo dos anos 70) mas está vivo na minha memória como um filme. Eu poderia quando ocorreu ter ficado revoltado, mas minha reação foi rir demais que até me deu um acesso de asma que foi preciso meu pai me aplicar uma injeção subcutânea de soro Heckel, para debelar a crise.

O motivo foi o fim do namoro do meu irmão caçula que na época era violonista e tocava contrabaixo num conjunto em Arcoverde. E tocava nas festas dos ricos. Era o único da famíliaa transitar na sociedade.

Mas um certo dia,estávamos em casa esperando a hora de tomar a sopinha de Dona Maria (minha saudosa mãe) quando chegou o empresário do circo que estava na cidade. Ocara queria contratar meu irmão múico para tocar acompanhando o cantor do circo pois o violonista deles estava doente. Ora, diante do acerto financeiro, ele aceitou na hora que nem caldo de cana. Tocou no circo. Mas só que, não no popular puleiro mas nas cadeiras de honra, estava o pais da namorada dele, da sociedade e os ricos do lugar. Não prestou, uns ficaram olhando pros outros com ar de censura quando identificaram o violonista do circo.Não deu outra.

No outro dia, antes do almoço,uma doméstica da casa da namorada dela chegou e entregou a ele um bilhete da moça, notor ela dizia mais oumenos o seguinte: que a desculpasse mas o namoroestava acabado porque a família dela achava que uma moça da sociedade anão podia namorar com um violonista de circo. Imaginem arisaria deleede toodos nós, inclusive dos nossos pais. Detalhe: o carinha tinha uma meia dúzia de namoradas. O preociieitoera maior que hoje. Inté.