Infinito dos meus olhos

A beleza é um clichê à vera, uma fórmula batida, repetida e relembrada. Se é real? Não sei dizer, não cabe a mim tal definição.

O que sei de beleza é sua relatividade e inconstância; aos olhos de quem vê, inclusive as marcas do tempo nas paredes das velhas construções se tornam as mais belas pinturas.

Se tudo é belo, não há razão para reafirmar a ideia, não é? E não se engane, não pessimismo nessas linhas - nem positivismo -, tudo está presenta na realidade que cerca nossos olhos.

A real beleza é aquela contemplada, das mais variadas formas, em silêncio , sem necessidade de firmar-se ou afirmar-se, à poesia de apenas ser.

E se, apenas se, a realidade deixar lacunas em que beleza falta, porque não pintar em tinta multicolorida? Tornar em poesia, melodia. Burlar o "real" e rabiscá-lo como quiser, porque o que eu mais quero é...

Que tudo seja belo ao infinito dos meus olhos.