Como ela bela
Serena face dela. Com vinte e dois anos já era professora poliglota. Falava cinco línguas como o inglês, francês, espanhol, italiano e o português sua língua materna de seio. Tinha tez caucasiana, olhos verdes, lábios carnudos, um metro e sessenta de altura, cinquenta e dois quilos, silhueta bela de ser como modelo. E era do signo de touro. Forte e sistêmica ela desejava casar com algum professor poliglota e conheceu Sereno, também poliglota. Ele falava quatro idiomas como o inglês, francês, espanhol e também o português. E era do signo de virgem ele. E tiveram três filhos e os três também foram poliglotas como os pais. E viajavam a passeio todos os anos em Nova Iorque, Boston e Dallas. E montaram uma escola de idiomas em São Paulo e foram muito felizes. E ensinara línguas a mais de sete mil alunos em sete anos foi referência nacional deste ensino em São Paulo. E foram para Minas Gerais, Bahia, Roraima, Acre, Pará, Sergipe, Alagoas, Manaus, Recife e mais de duzentas cidades que abriram filiais. E a fortuna deles passou dos três bilhões de reais e foram felizes. E compraram casas, apartamentos, sítios, carros e motos, mas eram humildes. Eles doavam o dízimo para a igreja e davam sopas para moradores de rua todas as terças e quintas e sábado. Contrataram quase mil e quinhentos funcionários e pagavam todos os tributos desde FGTS, PIS, COFINS e o IR, o imposto de renda. Ela se chamava Eufêmica e o marido Direito. Os filhos se chamavam Eustáquio, Porfírio e Prudente. Com trinta anos Eustáquio se casou com Desdenha, Porfírio se casou com trinta e dois com Passageada e Prudente se casou com trinta anos com Solene. E as três tiveram filhos e filhas poliglotas e falavam essas línguas: espanhol, português, francês, inglês, italiano, alemão e russo. Desdenha deu a luz Benjamim, Passageada deu a luz ao Cornélio. E Solene deu a luz ao Joaquim. E estes também foram poliglotas. Eis a ordem deles: Eufêmica, Direito, Eustáquio, Porfírio, Prudente, Desdenha, Passageada, Solene, Benjamim, Cornélio e Joaquim. E morreram com cem, noventa e dois, setenta e sete, oitenta e oito, noventa e dois, cento e dois, cento e três, setenta e oito, setenta e nove, setenta e oito e cem todos os onze. E cada felicidade era tamanha e enorme. Eufêmica fez três livros em vida e uma autobiografia. Direito fora professor de direito também. Eustáquio professor de educação física, Porfírio matemático, Prudente foi arquiteto, Desdenha maratonista de ciclismo, Passageada enfermeira, Solene foi médica, Benjamim psicólogo, Cornélio foi empresário e Joaquim fora médico clínico geral. E os onze tiveram várias profissões além de serem poliglotas. E Eufêmica foi correta a vida inteira e jamais traíra o marido. E os filhos e netos também todos fieis a seus parceiros. E Direito fez mestrado em direito civil e foi um pai muito feliz. E os onze tiveram uma vida provada por água e fogo em cada um de seus corações. E ao morrer Eufêmica foi para o céu junto de todo o resto depois. De ficar a dica: somos amados por Jesus.