UM SONHO
Dia corrido e de muito trabalho. Conversas aqui, conversas ali, vai passando-se o dia. Uma parada para o almoço é fundamental. Afinal, “ninguém é de ferro’. Volta ao trabalho é necessária até o termino do expediente. Voltar para casa deixa-me feliz, pois, “estou de volta pro meu aconchego”. Minha esposa e meus filhos me recepcionam. Ela, ainda na labuta do lar. Eles brincam com os coleginhas na rua em que moramos. Um jantar bem preparado por ela eu saboreio após um gostoso banho de fim de tarde. Em seguida, vou ao computador fazer o que gosto: Jogar, falar com amigos no msn, escrever poesias, cordéis e acrósticos, entre outros. É hora do jornal, lá está a Fátima Bernardes e seu esposo Willian Bonner. As notícias são as mesmas, Violência, Corrupção, Acidentes de trânsito entre outros. Uns culpam o governo, outros nem o governo culpam. Assim, continua a história ao longo de nossos 500 anos.
Não era isso que eu queria, meu sonho de infância foi sumindo com o tempo, ou seja, modificando-se com mesmo. Sonhei com um casamento feliz onde meus filhos brincariam comigo e eu com eles. Não é tão diferente, brincamos então. Mas não como sonhei. Pensei que minha vida seria como o sonhado, Sem compromissos. Simplesmente o sonho se realizou, casei. Brinco com meus filhos, mas, não como sonhei.
Sonhei com meu país sendo bem governado como todos um dia queriam que fosse. Afinal, o sonho se realizou. Mas, não do jeito que sonhei. Eu queria mais, porém não consegui ter. Mesmo assim continuo atormentado por meus sonhos.
Um dia alguém falou: “... um sonho que se sonha só é apenas um sonho, mas o sonho que se sonha junto pode ser realidade...” é verdade. Mas quem quer sonhar comigo? Ou seja, quem sonhou comigo? Quem quer sonhar afinal?
Levando-se em consideração a primeira pergunta, poderia eu responder o seguinte: Ninguém quis sonhar comigo ou talvez, esse alguém acordou no meio do sonho. Quanto ao segundo questionamento diria: simplesmente: ninguém sonhou comigo e por final, acredito que todos podem quere sonhar, mas no fundo de seus íntimos todos tem medo de sonhar e acordar.
Mesmo sendo assim, vamos tentar sonhar e correr de ter pesadelos, vamos buscar sonharmos juntos, sermos felizes, por a violência para correr do seio da sociedade, acabar com os vícios dos corruptos e ensinar aos jovens e adultos indisciplinados a evitarem acidentes. Em fim, vamos sonhar sem utopias.
Miguel Nascimento
Rio Largo – AL
21/10/2007