OUVIMOS NO IPIRANGA
OUVIMOS NO IPIRANGA
13ago20
Quando se mistura tudo, o que é bom e o que é ruim, convivem. Nós brasileiros somos seres letárgicos. Vivemos em um estado de consciência como se estivéssemos em sono profundo, por isso estamos deitados eternamente em berço esplêndido.
E no sono o que conseguimos é sonhar, sonhar um sonho intenso, mas se sentimos qualquer perturbação acordamos e nosso sonho se esvai fulgurando pelo céu da pátria.
Somos todos descendentes de ancestrais de Zeca Pagodinho e deixamos a vida nos levar. Nosso herói é Dom Quixote que sabe lutar com moinhos de vento e tem ao seu lado meia dúzia de “Sanchos Panças” que correm ao primeiro ruído do vento batendo nas pás do moinho, ao seio da mãe gentil.
Conhecemos a verdade, mas ela nos exige luta e perseverança, já a mentira é menos exigente e aí ficamos com ela, pois temos esperança de que dias melhores virão junto com os raios fúlgidos do sol da liberdade.
Procuramos esconderijos para as verdades da vida e aí, ou adoecemos ou nos enclausuramos pela pandemia e nos seios da liberdade o que queremos é mamar.
Nos importamos apenas com o próximo, ou melhor dizendo com o que está próximo e só no caso de alguém ameaçar este próximo é que dizemos ao mundo que um filho seu não foge à luta.
Mas nossa terra tem palmeiras onde canta o sabiá, e em teu formoso céu, risonho e límpido, a imagem do cruzeiro estremece.
Terra adorada entre outras mil, só és gigante pela própria natureza pois teus risonhos, lindos campos dão mais flores e grãos e assim podemos ter "mais amores" além dos já levados de seu subsolo.
Mãe gentil que a todos perdoa sendo ou não filhos deste solo, és pátria amada e cobiçada que assim se tornou desde o pau brasil.
Temos a esperança que o bom senso a terra desça e que as aves de rapina que hoje gorjeiam funks e trinados compostos por Rouanet, não mais gorjeiem por cá.
E que no verde louro de nossa flâmula a ordem e o progresso seja nossa gloria no futuro, já que não existiu no passado e não existe no presente, pois só assim poderemos voltar a sonhar.
Geraldo Cerqueira