AS CRÔNICAS DO POMBO - Apresentação: uma cópia original
Entre tantas definições que a literatura e os profissionais do saber outorgaram a pergunta “O que é um escritor?”, eu encerraria essa questão da seguinte maneira:
“Quem escreve”.
Diante de tantos temas que eu poderia escrever, já rabisquei sobre muita coisa. Suspense, mistério, humor, terror, poesia, artigos, sonetos, listas de compras para minha mãe e entre outras que não lembro agora, mas com certeza esquecerei após lembrar de novo.
No entanto, sou um eterno “xerocador”. Para quem não sabe, ou sabe e está como eu, sem lembrar, refresco sua memória. “Xerocador” é o neologismo dado para a profissão do cara que trabalha com a máquina que produz fotocópias, mais conhecida por nós, brazucas, de XÉROX.
Por muito tempo na minha vida chamei-a de XERÓX e tenho por (lei) direito de chamar xérox de xeróx. Achou ruim? Chame o Celso Russomano.
Pois bem! Vocês já devem ter associado à citação da máquina de xérox com minha vida de escritor anônimo, que é conhecido como “o cara que escreve e não é lido”. Sim, amigos. Sou uma eterna xérox de outro e vivo copiando ideias alheias. Pensar dá trabalho e ser original é meio difícil para mim. Então, geralmente, escrevo sobre temas que outros já escreveram.
Entretanto, decidi copiar uma galera aí para falar de um tema nada atrativo e interessante, mas que para mim, é de suma importância, já que escreverei sobre FATOS DA MINHA VIDA.
Sim. Isso é ridículo. Soa ridículo. Por isso é vida.
Fernando Pessoa dizia que “Cartas de amor são ridículas”, e minha autobiografia de mim mesmo em eu... faz de mim alguém que manda uma carta de amor para o próprio endereço. Ridículo. Eu gosto.
E quem estou copiando? Duas pessoas. A primeira é um autor daqui do Recanto das Letras e um dos meus favoritos: Lobo do Cerrado, ou Diógenes Lessa, ou Fildas, ou Fernando Cavalcante, ou sabe Deus qual o pseudônimo desse homem. O que eu sei é que amo ler as crônicas que ele escreve. Sabemos que Fredrich Nietzsche (sim, eu pesquisei no Google para digitar esse nome), aquele cara que disse que Deus está morto (embora esse autor não está mais vivo para confirmar aqui para gente), escreveu uma frase muito boa sobre ficção:
“Minta sempre”.
Eu, como cristão evangélico, não concordo com isso na vida cotidiana (pois quem mente é filho do outro lá. Esqueci o versículo), mas na literatura essa é a graça. Contar uma história e como disse Machado de Assis, quem conta um conto...
Sendo assim, retomando sobre Lobo do Cerrado, suas crônicas são quase todas biográficas, mas ele acrescenta um ponto lá e cá. Vou copiá-lo na cara de pau, mesmo sabendo que estarei de longe daquela emoção, humor e qualidade que os textos desse homem possuem. Enquanto ele escreve, eu rabisco no chão.
Além disso, também estarei copiando uma segunda pessoa: uma amiga de faculdade que é praticamente a TOP em muitas coisas e que, por causa dela, eu continuo a cursar Letras –Português e Inglês, já que a mesma moça não só me ajuda com todas as matérias, mas de bom grado passa a resposta que preciso quando, em momentos onde o nervosismo me domina, não sei responder a pergunta:
“Aqui você escreve seu nome”
“Mas qual é o meu nome?”
E ela vai e delicadamente como um porco-espinho me responde.
Voltando a falar dela, essa moça não é só aspirante a editora, como também já editou (melhorou) muitos dos meus contos. Todavia, ela escreve mais para si e possui um conjunto de pequenas crônicas muito bem escritas e humoradas sobre sua família (Não sei se no wattpad ou em outra plataforma). Infelizmente não posso citar o nome dela por respeito a sua privacidade, até porque fico imaginando se a MARIEL lê isso aqui e vê o nome dela em CAPS LOCK.
Portanto, chega de enrolação e vamos iniciar uma pequena série de crônicas nada interessantes sobre minha não tão interessante vida. Você tem duas opções:
1 – Ler e achar legal
2 – Ler e achar chato. Mas chato é você, seu besta!
Porém... continua na próxima...