Reminiscências

Reminiscências!

O meu pai não era da época do celular, e os seus avanços tecnológicos. Mas estava enraizado no radinho a pilha, o seu fiel companheiro. Tinha as suas prediletas estações e horários respectivos; noticiários imperdíveis, que o tiravam do ambienta da sala, do carro, da praia em que parava no tempo recordando os seus pais que nas férias catequizavam os caiçaras na temporada de veraneio. Guarujá era sinonimo evangelização, levavam a todos os ensinamentos cristãos Para mim Guarujá era sinal de férias desde os tempos de chalé até o apartamento em Pitangueiras, que o meu avô materno tinha para o seu deleite na velhice cansada dos tempos de fazendeiro, e, por fim de bancário quando se aposentou. Guarujá era uma praia de poucos prédios.O seu acesso dependia de balsas de madeira que esperávamos em longas filas ao lado de bananal inesquecível dos borrachudos e pernilongos que nos torturavam até a chegada na praia. Saudades do Grande Hotel com a sua maionese de legumes, prato oficial do nosso domingo. Era um marco histórico com o suicídio de Santos Dumont e do trem que ia até Itapema trazendo do Porto de Santos jornais, revistas, encomendas, etc. Tudo isso virou reminiscência do passado desde a geração do meu pai até a minha! Chico Luz.

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 04/08/2020
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