P a r ê n t e s e
FAÇO uma espécie de parêntese nos assuntos do momento, inclusive em relação à pandemia e a incompetência e irresponsabilidade de políticos, governo maluco e autoridades confusas e algumas destrambelhadas, vou até deixar de falar na nave que mandaram para Marte levando um robô (será que ele vai namorar com uma Marcianita?), para dar uma palinha sobre o amor, o assunto e o sentimento mais importante da humanidade desde a idade da pedra lascada. Sim, sou romântico paca e adoro falar sobre o amor, love, amour, amore...
Adorava (ainda adoro porque continuo vivo e bulindo) quando via e ouvia nos filmes Ava Gardner e Elizabeth Taylor pronunciarem, I Love You, Brigitte Bardot e Jeanne Morreau sussurrando, mon amour e Gina Lolobrigida e Sophia Loren fazendo aquele biquinho e dizendo baixinho, amore mio. E, claro, Sonia Braga e Norma Bengue l dizendo, Eu te amo.
Vejam bem, não há nada mais belo do que o amor. É mesmo o cão chupando manga, rei absoluto dos sentimentos, ele põe nosso coração para dançar timbalada nos alvoroços românticos, carinhos, beijinhos e etc e coisa e tal . O amor e tão lindo e arretado que nos faz ficar ridículos. É lindo ficar ridículo amando.
Mas amar é uma arte, exige sabedoria, cuidado, partilha e humildade, mas nunca servidão. Amar não é tão fácil, mas se consegue. Na verdade, só se vive quando se ama. O amor é lindo.
Muitos estudiosos já definiram o amor, mas nenhum desses especialistas graduados conseguiu definir esse sentimento como o fez Francisco Julião numa carta escrita no cárcere da ditadura:
"Amoré oferta permanente e renúncia de todos os dias. É mais porque é dádiva e humildade.BINgo. Fecho o parêntese. Inté.