Cheiro de terra molhada

O despertar de uma manhã, início de um belo dia após a serôdia chuva que molhara o chão, chão este que sedento clamava por precipitação. Lavou a alva e a alma da manhã, uma novidade de satisfação devolvendo a plena capacidade de respirar aos pulmões. Os pássaros a se embebedar da água que docemente caia após o longo período de estio, as sementes a arrebentar a terra para salivar a doçura da água que escorria sobre o solo e a densa poeira que euforicamente se aglutinava tornando o solo mais unido. Petricor, o cheiro da terra molhada, a vida microscópica ressurgindo da hibernação, uma sensação de paz e renovação.