Sem receita mágica, mas sim, você pode ser feliz
Dinheiro, status, roupas de grife, joias ou quem sabe um lindo modelo importado na sua garagem; que tal?
Esqueça! Não é necessário ser nenhum guru da autoajuda para saber que essas coisas não são por si mesmas capazes de fazer uma pessoa feliz.
Homens, mulheres e até crianças adoram consumir. Ir às compras parece ter o poder de nos deixar mais felizes. Entretanto, quanto tempo dura essa euforia? Menos do que a próxima ida ao shopping center.
O dinheiro compra conforto, mordomias e até um relacionamento financeiro-afetivo (ou fingido) acomodado, mas sim, os ricos também choram e têm suas dores de cabeça. Pesquisas realizadas em países desenvolvidos como a Inglaterra mostram que alcançado certo limite, a quantidade de moeda acumulada não determinará mais nenhuma diferença no grau de satisfação pessoal do indivíduo. Mas aqui temos constituído um problema que dificulta a compreensão deste fato: é que a maioria da população mundial é obrigada a viver com rendas que estão muito abaixo desse limite, enquanto uma parcela da população global continua a viver em situação de extrema pobreza. Assim para esses grupos o dinheiro pode efetivamente se transformar no meio de conquistarem a sua felicidade.
E o status social? Frequentemente ele atrai como um imã pessoas falsas e interesseiras, que vão conquistando terreno pela tática da bajulação.
É bem comum ainda que as pessoas condicionem a sua felicidade à concretização de um desejo ou sonho. Desse modo costumam afirmar coisas do tipo “quando eu me casar com o fulano eu serei feliz” ou “só serei feliz quando eu tiver a minha casa própria”. Infelizmente se trata de pura ilusão, pois no momento em que atingimos nossas metas materiais e afetivas, passamos imediatamente a eleger novas metas como condição indispensável à nossa felicidade. Temos um feroz apetite por novidades. Daí surgem as paixões mais enganadoras.
Não há uma receita infalível que possa garantir a felicidade, todavia, existem algumas dicas que merecem a nossa atenção:
1º AMAR E SE SENTIR AMADO: o ser humano necessita de carinho e afeto sinceros. Beijos e abraços auxiliam inclusive no fortalecimento do nosso sistema imunológico.
2º ENGAJAMENTO: engajar-se em causas sociais, realizar trabalhos voluntários etc. ajuda a nos sentirmos mais úteis e isso aumenta a nossa satisfação pessoal. Fazer o bem está diretamente ligado à felicidade.
3º ESPIRITUALIDADE: pessoas religiosas ou que cultivam a crença no “algo superior” costumam desenvolver uma fé que as auxilia a superar os momentos difíceis. Também tendem a ser mais otimistas e desapegadas dos bens materiais, causa frequente de angústia humana.
4º PAZ NA CONSCIÊNCIA: ter uma consciência atormentada por remorsos atrozes é viver permanentemente na caverna escura da infelicidade. Novamente vale recordar a regra de ouro “não façamos ao outro aquilo que não queremos que este nos faça”.
E não adianta viver no passado ou querer antecipar o futuro. Imprescindível é vivermos o hoje, procurando fazer o melhor que pudermos. A menos que você esteja sob o efeito permanente de algum entorpecente, será impossível viver sorrindo e imune à dor o tempo todo. Indivíduos felizes não são pessoas sem problemas; são pessoas bem-resolvidas com a própria vida.
A felicidade pertence ao nosso cosmo interior, portanto, pare de procurá-la lá fora, no outro ou na coisa material.
Por fim, compartilhar é ótimo e traz alívio e alegria. O orgulho e o egoísmo são os maiores obstáculos à nossa felicidade.