CANSADO DE MIM
Lembro-me de que há algum tempo li um artigo interessantíssimo de Ricardo Gondim cujo título era “Estou cansado” onde de forma relevante expunha toda sua insatisfação com o sistema protestante sua pragmática e seus líderes que forjados na América são enlatados, vendidos e vivenciado por nós aqui no Brasil.
Posteriormente ouvi de outro preletor – depois de tecer elogios ao que Gondim escrevera – dizer: “Por que não escrevemos um artigo com o seguinte tema: Estou cansado de mim” Naquele instante foi indiferente ouvi-lo tampouco me pareceu importante fazer o que ele pedia; hoje, porém, talvez por uma questão de alma ferida,ou “crise” de meia idade sinto-me exatamente assim, cansado. Não da vida das instituições, pessoas, sistemas, entidades ou coisas semelhantes. É certo que todos somados aos medos, decepções frustrações e desenganos tenham concorrido e muito para que hoje me sinta assim. Traumaticamente cansado.
Alguém já disse: “A maior decepção para o homem é ter que caminhar sobre suas próprias ruínas. É olhar pra dentro de si e enxergar claramente que pouco ou quase nada de bom foi feito, existe ou existiu; vê, de forma clara e contundente que tudo quanto fizera achando está fazendo o máximo na verdade não passara de meros fragmentos de um mínimo quase que inalcançável.
Quantas coisas que eu julgava importante, mas, que perdidas foram esquecidas, postergadas e que perderam seu valor. Pessoas, amigos, amores, para onde foram? Que foi feito dos projetos mirabolantes daquele espírito irrequieto, altaneiro, que de maneira inconsciente julgava-se de certa forma, altruísta? Os sonhos desistidos, as promessas, as juras de amor, de amizade e fidelidade eterna, onde estão? E os ideais de vida, foram para onde? Nalgum momentos penso que todos morreram ou, talvez, nunca existiram. Quem sabe de forma conscienciosa eu os tenha jogado numa dessas latas de um lixo qualquer nos guetos da vida, e como diz Roberto Carlos – “foram perdidas nos labirintos da minha própria existência”. O fato é que sei que algo está errado comigo. O êxtase desse momento revela-me isso.
Há pouco tempo ouvi algo interessante sobre alguma tribo da África, que quando um indivíduo cometia um assassinato ele tinha a vítima amarrada à suas costas durante algum tempo ou pelo menos durante o estado de putrefação carregando-a pra lá e pra cá como castigo pelo crime cometido. Às vezes me sinto assim. O peso dos meus erros, das minhas mentiras, dos meus enganos e desenganos e todas as minhas mazelas e vilezas estão diante de mim em imagens intermitente projetadas na obscuridade da minha mente hora entorpecida pelo veneno do pecado que corre em meu sangue e que me deixa nesse estado de inércia, ou tetraplegia espiritual. Sinto o peso dos meus erros como cadáveres amarrados às minhas costas e que engendrado pela minha mente faz com que eu sinta seu cheiro mau a escorrer pelo meu corpo num expurgar que estranhamente não me é nocivo. É isso o que fui toda a minha vida e continuo a ser? Quem eu sou? Será que o que as pessoas dizem de mim é que determina o que sou ou eusou o reflexo daquilo que elas querem que eu seja? Será que o meu comportamento é quem dita e exterioriza aquilo que sou realmente? Sempre acreditei e defendi que o indivíduo é a sua própria consciência. Que ele deve se preocupar mais com ela do que com a sua própria reputação porque, a sua reputação é o que os outros pensam dele; mas, ele é a sua consciência, e o que pensam dele não é relevante. Por essa razão, tanto ouvir comentários e questionamentos capciosos quanto a minha maneira de ser é que talvez eu esteja nessa crise. Se minha reputação é quem revela a minha consciência aquilo que realmente sou, então, não é possível que todos estejam errados e que eu, apenas eu, esteja certo.
Há momentos que tenho a impressão de estar caminhando na contramão da existência, desconheço-me. Não sei o que sou ou quem sou. Sou apenas o que as pessoas querem que eu seja para as vê-las felizes ou continuarei a ser eu mesmo fazendo-me feliz? Isso se torna mais complicado quando alguém olha pra você e lhe faz a seguinte pergunta: Quem é você?
De uma coisa tenho certeza. O mal habita em mim como faz a todo homem por natureza; mas, é certo que não sou mau. E não sou tão bom quanto gostaria. Entretanto, tenho certeza de que há algo de bom em mim. Creio nisso! Fui criado à imagem e semelhança de Deus. ELE é bom e o mal não pode habitá-lo. O apóstolo Paulo já disse: “... não está em mim o querer fazer o bem. Pois o bem que quero fazer não faço. E o mal que não quero, acabo sempre fazendo...”.
Outro dia ouvi um amigo palestrando. Deste que tem um “cabeção” e ele perguntou à sua plateia: “que programa roda em sua cabeça?” Sugerindo que de uma forma ou de outra somos programados e como robôs deixamos de ser nós mesmos para sermos aquilo que os outros querem que sejamos. Elas fazem um programa de implantação em nossa mente e estamos prontos para operar. Acho que faz certo sentido. Se vivemos numa sociedade – que mesmo “podre” - temos que prestar conta observando seus ditames e vivendo dentro da ética, isto prova de que de certa forma roda algum programa em nós. Nunca faltarão pessoas, entidades e sistemas de governo, religião e outros com pré-disposição de nos programar e fazer-nos controlados e, às vezes, perdidos. Pensando assim acho que estou travado, carregado de vírus. Precisando ser formatado.•.
Lembro-me de que há algum tempo li um artigo interessantíssimo de Ricardo Gondim cujo título era “Estou cansado” onde de forma relevante expunha toda sua insatisfação com o sistema protestante sua pragmática e seus líderes que forjados na América são enlatados, vendidos e vivenciado por nós aqui no Brasil.
Posteriormente ouvi de outro preletor – depois de tecer elogios ao que Gondim escrevera – dizer: “Por que não escrevemos um artigo com o seguinte tema: Estou cansado de mim” Naquele instante foi indiferente ouvi-lo tampouco me pareceu importante fazer o que ele pedia; hoje, porém, talvez por uma questão de alma ferida,ou “crise” de meia idade sinto-me exatamente assim, cansado. Não da vida das instituições, pessoas, sistemas, entidades ou coisas semelhantes. É certo que todos somados aos medos, decepções frustrações e desenganos tenham concorrido e muito para que hoje me sinta assim. Traumaticamente cansado.
Alguém já disse: “A maior decepção para o homem é ter que caminhar sobre suas próprias ruínas. É olhar pra dentro de si e enxergar claramente que pouco ou quase nada de bom foi feito, existe ou existiu; vê, de forma clara e contundente que tudo quanto fizera achando está fazendo o máximo na verdade não passara de meros fragmentos de um mínimo quase que inalcançável.
Quantas coisas que eu julgava importante, mas, que perdidas foram esquecidas, postergadas e que perderam seu valor. Pessoas, amigos, amores, para onde foram? Que foi feito dos projetos mirabolantes daquele espírito irrequieto, altaneiro, que de maneira inconsciente julgava-se de certa forma, altruísta? Os sonhos desistidos, as promessas, as juras de amor, de amizade e fidelidade eterna, onde estão? E os ideais de vida, foram para onde? Nalgum momentos penso que todos morreram ou, talvez, nunca existiram. Quem sabe de forma conscienciosa eu os tenha jogado numa dessas latas de um lixo qualquer nos guetos da vida, e como diz Roberto Carlos – “foram perdidas nos labirintos da minha própria existência”. O fato é que sei que algo está errado comigo. O êxtase desse momento revela-me isso.
Há pouco tempo ouvi algo interessante sobre alguma tribo da África, que quando um indivíduo cometia um assassinato ele tinha a vítima amarrada à suas costas durante algum tempo ou pelo menos durante o estado de putrefação carregando-a pra lá e pra cá como castigo pelo crime cometido. Às vezes me sinto assim. O peso dos meus erros, das minhas mentiras, dos meus enganos e desenganos e todas as minhas mazelas e vilezas estão diante de mim em imagens intermitente projetadas na obscuridade da minha mente hora entorpecida pelo veneno do pecado que corre em meu sangue e que me deixa nesse estado de inércia, ou tetraplegia espiritual. Sinto o peso dos meus erros como cadáveres amarrados às minhas costas e que engendrado pela minha mente faz com que eu sinta seu cheiro mau a escorrer pelo meu corpo num expurgar que estranhamente não me é nocivo. É isso o que fui toda a minha vida e continuo a ser? Quem eu sou? Será que o que as pessoas dizem de mim é que determina o que sou ou eusou o reflexo daquilo que elas querem que eu seja? Será que o meu comportamento é quem dita e exterioriza aquilo que sou realmente? Sempre acreditei e defendi que o indivíduo é a sua própria consciência. Que ele deve se preocupar mais com ela do que com a sua própria reputação porque, a sua reputação é o que os outros pensam dele; mas, ele é a sua consciência, e o que pensam dele não é relevante. Por essa razão, tanto ouvir comentários e questionamentos capciosos quanto a minha maneira de ser é que talvez eu esteja nessa crise. Se minha reputação é quem revela a minha consciência aquilo que realmente sou, então, não é possível que todos estejam errados e que eu, apenas eu, esteja certo.
Há momentos que tenho a impressão de estar caminhando na contramão da existência, desconheço-me. Não sei o que sou ou quem sou. Sou apenas o que as pessoas querem que eu seja para as vê-las felizes ou continuarei a ser eu mesmo fazendo-me feliz? Isso se torna mais complicado quando alguém olha pra você e lhe faz a seguinte pergunta: Quem é você?
De uma coisa tenho certeza. O mal habita em mim como faz a todo homem por natureza; mas, é certo que não sou mau. E não sou tão bom quanto gostaria. Entretanto, tenho certeza de que há algo de bom em mim. Creio nisso! Fui criado à imagem e semelhança de Deus. ELE é bom e o mal não pode habitá-lo. O apóstolo Paulo já disse: “... não está em mim o querer fazer o bem. Pois o bem que quero fazer não faço. E o mal que não quero, acabo sempre fazendo...”.
Outro dia ouvi um amigo palestrando. Deste que tem um “cabeção” e ele perguntou à sua plateia: “que programa roda em sua cabeça?” Sugerindo que de uma forma ou de outra somos programados e como robôs deixamos de ser nós mesmos para sermos aquilo que os outros querem que sejamos. Elas fazem um programa de implantação em nossa mente e estamos prontos para operar. Acho que faz certo sentido. Se vivemos numa sociedade – que mesmo “podre” - temos que prestar conta observando seus ditames e vivendo dentro da ética, isto prova de que de certa forma roda algum programa em nós. Nunca faltarão pessoas, entidades e sistemas de governo, religião e outros com pré-disposição de nos programar e fazer-nos controlados e, às vezes, perdidos. Pensando assim acho que estou travado, carregado de vírus. Precisando ser formatado.•.