MILAGRE E ETERNIDADE (Phellipe Marques)
O escuro do teu quarto reverbera um grito aprisionado de poeta.
O pensamento ficou.
Uma voz anunciou.
As vicissitudes que a vida impôs.
A instrumentalização do que outrora fora chamado de loucura; hoje é arte.
A fonte que alumiou teu caminhar é choro inevitável no coração daqueles que sim, conseguem ouvir a música.
A força desse amor que invadiu e se fez paz.
O passado atemporal que dignificou o futuro; hoje é presente.
Noites de sertão.
Luas de invasão.
Canção.
Farol.
Noites com sol.
Milagres não são miragens.
Compreendeste os sinais.
Trouxeste paz.
Abriu a janela: certas canções são eternas.
E reverberam o grito aprisionado do poeta.
Vem que eu estou tão só!
Vamos fazer amor.
Por momentos assim, de milagre e eternidade.
Milagre e Eternidade.