UM LUGAR NO COSMO.

No princípio, na aurora dos tempos, raças advindas de longínquas galáxias, descobriram nessa, algo que lhes serviriam. Precisamente aqui, na terra, planeta azul que orbita a distância necessária de seu sol para ter vida. Justamente aqui, encontraram uma forma muito rudimentar de vida. O homem daquele tempo, 'homo sapiens', viu-se diante de tão admiráveis aparições celestiais, o que aos seus olhos, eram como deuses advindos do céu.

A terra, rica em fauna, natureza, minérios, como os metais e pedras preciosas, passou a ser objeto de desejo desses seres. Usando da mão de obra escrava do homem primitivo, aprimorando-a a seu bel prazer, usurpou das riquezas escondidas no solo do planeta, feito esse que perdurou por longos anos. No entanto, os visitantes, em dardo momento foram embora, deixando no homem o rastro de suas manipulações genéticas, bem como nas civilizações antigas. Uma vez modificado o homem, aprimorado sua genética, o rudimentar tornou-se homem 'inteligente'. Certo é, que essas raças desconhecidas do público, nunca deixaram de nos visitar, de atualizar a génese humana, de fazer com ele os mais diversos experimentos, claro que, essa não é coisa para ser dita no curso dessa crônica nada comum.

Somos o resultado de um experimento?

Talvez a resposta seja óbvia demais. Há quem diga que essas raças, esses visitantes das galáxias, estão por aí, disfarçadamente vivendo como se fossem homens. Talvez aquele amigo estranho, ou, àquele chefe enjoado, quem sabe não são eles também de outros planetas, talvez marcianos. No princípio… Sim, no princípio, apenas no início de tudo está a resposta que tanto buscamos para compreender o final, mas, o princípio habita o passado, ainda, inalcançável para nós outros, sendo assim, entender a finalidade de tudo isso continua um mistério.

Quem, afinal, poderá voltar nas páginas do tempo e ler o que se passou nos primeiros dias, entender à criação?

Essas e outras ideias passeavam pela minha cabeça enquanto estava a caminho do trabalho. Madrugada fria, ruas desertas, céu estrelado. Todos os dias, sempre a mesma coisa. A constelação de Órion figura no céu neste período, figurando à leste, o luar desfila moribundo entre estrelas bailarinas. Sem muita demora aproximo do local de trabalho para mais um dia de labuta nessa interminável quarentena pandêmica.

Dias e noites se intercalando, trabalho e mais trabalho. Quisera eu ser alvo repentino de raças alienígenas, ir para qualquer lugar no cosmo, para que sabe talvez, nunca mais voltar. Há quem diga que toda essa falácia alienígena seja besteira, que não existe vida lá fora, que tudo não passa de criação de prodigiosas mentes... Será mesmo? Caríssimo leitor, será mesmo que tais raças não existem? O cosmo é muito mais do que podemos imaginar, e talvez sim, exista na imensidão infinita um lugar habitável, comum, melhor ou pior… Ou tudo isso é apenas delírio meu.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 26/07/2020
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