NÃO BASTA A DOENÇA QUE MATA. GOLPE FINAL; REFORMA TRIBUTÁRIA.
Comecei minha vida como tributarista. Com 22 anos era Conselheiro da Junta de recursos Fiscais de Niterói representando a Fazenda Municipal com mais dois Conselheiros. Erigi o esboço do Código Tributário Municipal, declinado em leis esparsas que codifiquei.
Não bastasse a histórica agressão sanitária pela qual se passa, matando, inquietando, implantando o luto coletivo e avassalador, embora o idiotismo fale em números que matam com outras doenças, em comparativos que não conseguem separar o comum do incomum histórico, ocorrência secular de reiteração, fora o congestionamento em todo mundo de atendimentos, incapacitando até o sistema funerário, pela proporção e aglutinação, temos agora também a vontade de dar o golpe final. O projeto de Reforma Tributária.
Não há como desmoralizar o que desmoralizado está, só o visionário não enxerga a força da chave do cofre e da caneta que nomeia. É pelo que se passa nessa vontade absurda que acaba de acabar com o emprego, mata de vez prestadores de serviço, além de esboçar aumento em outros impostos e de pretender criar o asqueroso, repetitivo e incidente várias vezes, em recorrência nefasta, CPMF. É esse sim o nome, não outro infantilmente manifestado, que acaba com qualquer economia. O QUE SE PASSA?
É difícil reverter a desmoralização da escola do poder pelo poder, do benefício de parte contra o todo, da indiferença de alguns que representariam muitos, e não o fazem.É a história que se repete.
A fonte que jorra água matando a sede e a ganância de poucos que só se satisfazem com muito nos conhecidos desvios, sequenciais, cíclicos e intermináveis, na sanha do obter tudo em detrimento de todos, será sempre salgada para muitos.
Para os que precisam dela para recuperar a boca seca da espera, vazia de formas e meios para sobreviver e sem forças para gritar por falta de proteína, chegará sempre servida de todos os vícios.
Não será a insistência de alguns que trará educação, que tanto falta principalmente em governantes, pois a deseducação forma os exércitos comprados por misérias e migalhas que muito são para quem nada tem. Tem sido assim, veja-se os que saíram do mando e as bolsas preparadas agora para aquinhoar votos com os que chegaram. Sentiram o gosto da sanha de comprar a miséria, não de resgatar pela educação, embora assistencialismo seja necessário, e no momento impositivo. Viram na assistência emergencial, NECESSÁRIA E LOUVÁVEL, o ganho da simpatia e o mercado dos votos pelos que não formavam eleitores do que aí está.
Para os diplomados pelo tempo na escola do proveito próprio, profissionalizados na sucessão familial que arregimenta consciências para que perdurem nas benesses delegadas, ensinados somente para obtenção das vantagens pessoais, canonizados para a indiferença, seremos sempre alunos reprovados pela vida na ato da escolha.
Quem prega no deserto não ouve eco de retorno sadio, nem volta alguma do pleito do dever com resposta generosa.
O apelo não se faz ouvir para quem está surdo às necessidades de uma nação politicamente organizada como querem os doutrinadores publicistas. E desorganizada está faz tempo, pelas idas e vindas do descalabro dos governantes. TODOS, SEM EXCEÇÃO.
Essa organicidade que não se vê, não se mostra e pouco se importam com essa condição seus tutores, ao revés, faz dela apoteose e prosélitos na saga de criar notórios feudos, é elástica e torna o tempo perpetuado na vontade do monopólio somado.
As amplidões vazias, sem fertilidade, não têm o dom de darem nascimento a algo que valha alguma coisa, nunca delas nada vingou que prestasse. São úteros onde o valor sofre aborto permanente.
Moralizar em nossos dias é pregar para o deserto, e bom de dizer, sempre a sujeição ao que é limpo, liso, correto e linear no encontro da legitimidade e da justiça, esteve mais no descaminho do que no caminho...É como caminha a humanidade.... infelizmente. E aqui é exponencial...