TEMOS UMA MISSÃO NA VIDA OU ELA É FEITA DE COINCIDÊNCIAS ?

TEMOS UMA MISSÃO NA VIDA OU ELA FEITA DE COINCIDÊNCIAS ?

Pode ser um chavão, mas não tem outra frase para ser aplicada aqui."A vida é um eterno mistério". Aos que desdenham que de alguma forma temos uma missão para cumprir, denomino de insensíveis, ignorantes das leis do universo.

Tiro por mim quando se fala de algum tipo de missão que temos que exercer neste planeta. Começo da minha tenra idade, nascido em situação social desfavorável, aos quatro anos de idade tive paralisia infantil, fiquei entre a vida e a morte, sobrevivi, as

as sequelas ficaram. Quando tinha seis anos de idade, fui inventar de subir numa estante de madeira comprida,madeira pesada, quando estava escalando, ela veio abaixo, caiu em cima do meu pescoço. Me salvei, não era o meu dia.

Quando minha mãe morreu, (nunca tive pai) fiquei na casa de uma de minhas irmãs por parte de mãe, porém, como ela não cuidava de mim, ficava na casa de um e de outro, numa dessas casas foi me servido o almoço, o prato principal era peixe. Quando estava saboreando o fruto do mar comecei a engasgar, foi uma agonia, nesse momento só tinha um amigo que conheci na referida casa. Ele me deu farinha, tentando fazer com que a espinha descesse, enfim, desceu depois de muito custo. Me salvei de mais uma.

Passaram-se alguns anos, já estou em Salvador, na casa do meu irmão e de minha cunhada que me adotaram. Algum tempo depois de estar aqui na capital, fui fazer uma cirurgia na perna, nessa época andava com duas muletas, aquela antiga que usava debaixo dos braços. No dia da intervenção cirúrgica, entrei na sala de operação ás oito horas, sai as dezoito horas. Para acordar tiveram que aplicar uma injeção para acordar da anestesia geral. Ufa, me sair de mais uma, não esquecer que estávamos no ano 1972, muita coisa evoluiu em se tratando de medicina, além de tantas outras coisas.

Estava eu em casa, num domingo pela manhã, eu vinha do quarto para sala, na referida sala tinha um tapete de couro bem amplo, tropecei no mesmo, e nesta sala tinha uma estante, parte dela era composta com vidros, ao tropeçar um dos meus braços foi em cima dos vidros, a veia se partiu, foi muito sangue jorrando, não dava tempo chamar um táxi, como minha cunhada era enfermeira, ela junto com meu irmão resolveram suturar em casa mesmo o braço com linha e agulha de costurar sem anestesia. Meu pavor era tanto que com o sangue jorrando de mim que nem senti tanta dor com suturação.

Outro momento foi quando escorreguei no quarto do fundo onde eu dormia, e na cama tinha um prego, na verdade essa cama foi uma parte de uma beliche desfeita, esse ferrão ficou, ao escorregar bati com minha perna nele, o corte foi tão profundo que se via o nervo, não tomei antitetânica. Mais um livramento da morte.

Tempos depois, minha nova família viajou de Salvador para Barreiras, meu irmão era filho legítimo do meu pai que não me adotou, pois eu fora filho de uma aventura, ele foi para a fazenda desse senhor filho dele, ao vê-lo foi como se fosse um ser desconhecido. Ficamos lá alguns dias, e nesses dias, o os filhos do meu irmão e de minha cunhada resolveram pescar no outro lado do rio de ondas de Barreiras. Tínhamos que atravessar de canoa, o canoeiro colocou mais pessoas do que o a canoa comportava, resultado, afundou no meio do rio. Eu e minha irmão adotiva ficamos tentando nos salvar, não sabíamos nadar. O canoeiro fugiu no momento da confusão do afogamento, sorte a nossa que tinha dois rapazes, amigos das minhas novas irmãs que sabiam nadar e nos salvou.

Se tudo isso foi coincidência, então a minha vida fora repleta delas.

inclemente
Enviado por inclemente em 26/07/2020
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