Neowise

Vejamos esse cometa, Neowise, que passa a mais de cem milhões de quilômetros da Terra brindando a nossa vista com sua cauda de gelo esvoaçante. Um espetáculo de rara beleza, maravilha de astro.

Dizem os astrônomos que só voltará daqui a seis mil e oitocentos anos. Quanto tempo! Parece mas não, sua órbita não é tão longa assim. Afinal se tomássemos uma nave que viajasse à velocidade da luz em direção ao centro da galáxia, lá chegaríamos daqui a mais ou menos vinte e seis mil anos.

Inimagináveis distâncias essas do universo. Dimensões imensas para as quais até o pensamento é lerdo. Exprimem na exata proporção a nossa insignificância. Mesmo assim, é evidente a importância que nos dá o Criador se nos pôs a habitar esse mundo maravilhoso. Um grão azul viajante que daqui a pouco mais de um mês, seria invisível à perspectiva de um hipotético observador a bordo do Neowise.

Parece que o gene do espírito soprado em nossas narinas na origem, faz-nos, apesar da dureza de nossos corações, refletir sobre a semelhança à qual fomos criados. Exemplo, quando contemplamos a arte da criação e admiramos cada evento, como esse risco a giz no céu ao pôr do sol.