O Justo e Pecador

Mais de um milhão de fraudadores do auxílio emergencial prejudicam aqueles que de fato precisam dessa pequena parcela da ajuda governamental. Roubar de quem tem menos deveria ter uma pena maior. Qualquer desonestidade é passível de punição. Mas, ter a cara de pau de roubar dos mais necessitados, no meu entender, a punição teria de ser inversamente proporcional. É sabido e notório que ao se cometer uma infração, o meliante está correndo o risco. Agora, tenha santa paciência, correr tamanho risco por 600 reais?

E se isto vier ocasionar sua perda financeira, a sua estabilidade funcional? Tem-se divulgado que nesse meio há funcionários públicos, nos níveis municipal, estadual e até federal. Seria possível um absurdo desses? E se for a fraude da fraude? Ou seja, alguém com os dados do outro incluí-lo na esparrela. Assim como há presos inocentes, essa análise de crime tem de ser minuciosa. Por isso, que cada cidadão esteja atento a sua conta bancária, para na hipótese de um crédito indevido, que se habilite a devolvê-lo de imediato, sob o risco da conivência, na hipótese da omissão. Não nos deixemos cair no que a Bíblia já nos adverte: "o Justo não deve pagar pelo Pecador"

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 23/07/2020
Reeditado em 24/07/2020
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