Relação Tóxica
O que é uma relação abusiva? Existe um estereótipo? O excesso de amor é um aviso? Bem, vamos descobrir. A priori, não exite um padrão do abusador, principalmente, em relação à aparência; são pessoas normais, amáveis, sociáveis. O que já quebra o modelo da pessoa violenta, ignorante e vulnerável.
Sob essa perspectiva, um ogro jamais amaria; condição restrita aos príncipes. Só que não, um abusador assume diversas formas; estão em todas as estratificações; é invisível a olho nu. Uma relação tóxica é algo que vai além da compreensão humana, ela rompe com o sentimento puro de amor, e passa para a destruição da relação, vez que, condiciona o ser amado às imposições subjetivas.
Ele assume uma identidade diferente da rotineira, e isso é feito de forma maciça, quase imperceptível. Quase sempre, o abusador camufla sua intenção obsessiva e manipula o olhar da vítima para algo proveitoso. Como se ele fosse o médico, e a cura viesse de seus cuidados. Até que as ações passam a ser uma constância; saindo da agressão verbal para a física.
Quem ama não impõe limite de comunicação e interação social. Nenhum ser humano vive isolado, em restrita vocalização, sem contato com o mundo exterior e aprisionado a uma relação equivalente. A vítima, enes vezes, não detecta a violência da relação, por não ter sofrido abuso físico. E toda vez, que o abusador comete um excesso, ele tenta compensar com presentes e arrependimentos ensaiados.
Algo incomum, pois deveria fazê-lo sem precisar machucar. Tudo em nome do amor; um excesso de sentimento que mal cabe no coração; contudo, transborda pelo desvio de conduta. Essa falha do caráter pode trazer consequências irreparáveis, pois o indivíduo não tem controle de seus atos. Ele precisa de tratamento, e você não é o remédio, tampouco, a cura. Onde impera o excesso, o cuidado é súdito.
Nunca ignore uma relação abusiva, onde os pedidos de desculpas são agentes multiplicadores. Não confundir os fragmentos e farelos da relação com um banquete; você pode estar equivocado. Quem não tem ciúmes? Difícil. O problema é a excrescência, o exagero e a limitação da ação.
Ninguém transforma ninguém, a mudança é algo pessoal e intransferível, que ocorre a passos morosos. E não temos um perfil desejado do abusador, qualquer um pode estar sujeito. Também não é condição privativa de gênero. É preciso ficar atento aos sinais, ajudar quando preciso e cortar os laços quando a vida estiver por um triz.