Que os Estados Unidos são uma potência econômica não há quem conteste. O domínio econômico e a visão estrutural de primeiro mundo transferem ao país uma espécie de condecoração honrosa que abre portas para a supremacia nas relações de convivência impulsionadas pela globalização.
Mas o poder econômico e a supremacia estrutural não foram suficientes para tornar a referida potência um “Império Maior” incapaz de ser afetado pelas mazelas do mundo.
As guerras bélicas acabaram delimitando espaços terrestres e de atuação, mas foi um vírus, um problema de saúde mundial que colocou as maiores potências do mundo de joelhos. Não que o foco seja o apego ao religioso, mas, de fato, a ausência de curvatura da coluna vertebral, a iminente queda.
Não fossem as questões econômicas envolvidas no processo, ficariam subentendidos os conceitos largos da influência social de uma pandemia. Mortos milhões em todo o mundo, ainda que a solidariedade servisse de carcaça e os povos tivessem como escudo motivador a empatia, o impacto seria menos gritante.
Grandes empresas mundiais perderam a sua força. A Zara famosa por vestir a classe média e alta fechou mais de 1200 lojas; Victoria Secrets perdeu sua vibração econômico-positiva e, tantas outras, fecharam suas portas, suspenderam criações e, consequentemente, mudou a classificação profissional de milhões, furtando a dignidade, sem alternativa.
Mas, enfim, o que motivou essa crônica foi a aquisição das doses de vacinas em potencial, comercializadas pela Pfizer e BioNtech que, possivelmente serão confecionadas em 2020. Sabe quem comprou? Sim! Estados Unidos. Toda a produção. E o que tem a diplomacia a ver com isso? Bem, a pandemia não é uma escolha, ao menos até que se prove o contrário, todos os países do mundo já fazem parte das estatísticas e quando se pensa na possibilidade de amenizar os reflexos desse desastre mundial uma única potência ficará imune (em tese) enquanto o resto do mundo, disse resto do mundo, amarga a expectativa de aguardar uma posição na fila que será definida de acordo com as exigências do capitalista mundo moderno.
Deste modo, estou diante de uma relação inevitável: não estaria o Brasil na posição de minoria pobre da pirâmide de classes, tal qual os Estados Unidos para a classe alta? Se o Brasil representa os pobres (ao menos em tese, no processo econômico mundial com status de subdesenvolvido de segunda categoria) e se o States os ricos, e a disparidade é tão gritante, alguém poderia me dizer quais as chances de uma “crise psicótica” trazer de volta a diplomacia e podermos juntos abraçar os cientistas? 
Na pior das hipóteses, a meritocracia! Mas, enfim, estamos todos (os países) nivelados em bases que nos permitam a mesma distância do queijo? Escuta Mãe Mônica em suas previsões: vai ter rato invadindo espaços pra garantir acesso a cadeia alimentar primeiro. Hackers: aqui vão eles! Se cuidem. China, Itália, Brasil, Mundo... Que mundo! (I) Mundo.


 
Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 22/07/2020
Reeditado em 22/07/2020
Código do texto: T7013603
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