Mestres
Muitos,
ou quase todos os grandes pensadores, incluindo poetas, filósofos, romancistas, artistas e até mesmo um certo jovem estudante do primeiro colegial lá pelo final dos anos sessenta beberam na fonte deste
grande escritor, Fiódor Dostoiévski.
Na pequena biblioteca púbica da cidade encontrei por acaso seu grande livro, renovei a solicitação por meses e durante este tempo andava tonto navegando pelos oceanos que eram as mentes de cada um dos irmãos Karamazov: Ivan, Dimítri e Aliócha,
tinha eu então quase dezesseis anos, minha vida mudou, tornei-me um bicho estranho na escola ;
depois veio Herman Hesse, Erich Fromm, e finalmente Nietzche quebrando tudo com seu martelo e convidando me a pensar com minha própria cabeça mas, sem perder a trilha ou a companhia dos grandes.
Hoje pareço aos olhos de muitos um tonto que encontra a sabedoria e a beleza em toda parte, nos clássicos e nos modernos, nos grandes e nos amadores.
Vivo admirando aqueles que encurtaram ou quase elimiram a distância entre intenção e gesto e se tornaram suas próprias obras, seus próprios poemas e quadros como diz Charles Bukowisk Em seu clássico,
O mais forte dos estranhos.