Toda mãe devia receber selo de autenticidade. De controle de qualidade ou  ISO Infiinita. Há quem diga que elas são as únicas que esteticamente denominam os filhos lindos, independente da realidade que os assistem: - Ele ficou lindo careca, não? No meu CASO, ela é uma espécie de detectora de sentimentos escondidos na última gaveta do coração e com cadeado cuja chave carrego no peito. Sem ATRASO, vem ela passando o aspirador nas minhas poeiras de estimação, guardadas sob o tapete da sala de estar, ser: dá trabalho sustentar as nuvens cinzentas que me perseguem e causam tempestades. Tenho a ligeira sensação de que sou sua tela de CINEMA predileta. E mesmo que a lotação represente 1/5 da máxima, para mais uma saga dos filmes da minha “nada mole vida” (que insisto em dirigir mas sem experiência), lá está ela com ingresso na mão (como se prêmio fosse) e pipoca, afinal comédia da vida real demora e tem classificação livre. Mãe é tipo ENCONTRO de queijo com a goiabada, do arroz com feijão, de maçã com canela. Quando quer mostrar a grandeza do filho vira um CARRO alegórico ambulante com medalhas, trofeus, certificados, diplomas e fotos que atestam a vergonha alheia : - Essa foi a primeira vez que usei pomada na bundinha dela! Quem Senhor, guardaria uma foto dessas? Começa com M e termina com Mãe. Mãe é aquela peça final do quebra-cabeça, o sopro no soluço e a única capaz de entrar numa LIVE em tempos de “ao vivo” apenas para curtir e compartilhar seu conteúdo. Dar à luz é conceito exclusivo. Mãe devia ser eterna porque não tem limites o amor que brota dela. 
Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 21/07/2020
Reeditado em 21/07/2020
Código do texto: T7012521
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