TAÍ,SEMPRE QUIS SABER...
O sujeito é um alto funcionário, um empresário bem sucedido,um parlamentar e cheio de amigos influentes. Tem casa,carro,posição social, o respeito dos seus amigos,rendas, viagens ...Enfim,tem tudo o que o “ordinary people” sonha.
O que faz uma pessoa privilegiada entrar nessa barca furada de roubalheira ,propinas e corrupção e virar um criminoso de colarinho branco? Vejo que estou sendo repetitiva porque no fundo tudo é uma coisa só.Um crime leva a outro.E,um dia a casa cai.E da admiração chegamos á execração pública.E todo aquele dinheiro maldito passa a não poder ser gasto porque ,nos fatídicos dias da internet (fatídicos para alguns,eu diria) todos sabem da vida de todos e a verdade cismou de aparecer deixando o fundo do poço.O “homem bom” ,de repente não pode viajar pois é xingado nos aeroportos; idas a restaurantes luxuosos tornou-se uma provação; a mulher deixa de ser convidada para chás dançantes e vira uma pária social apontada pelas amigas; os filhos são apontados nas escolas ou universidades.E, ainda temos ovadas nos casamentos de luxo.
E, me pergunto vale a pena tudo isso?O dinheiro escorre sorrateiramente para bolsos de bons advogados ou é sequestrado pelo Estado.Contas em paraísos fiscais,fechadas.
Mas, parece que não é apenas minha mente poluída que se preocupa com isso;nos States já foram publicados dois livros sobre o assunto.Um deles “Why They Do” do Professor de Harvard,Eugene Soltes,(“ Porque eles fazem isso – A Cabeça do Criminoso de Colarinho Branco” e outro “Too Big to Jail” (Muito grande para ser preso) estão bombando e deveriam ser lidos por políticos e empresários para que conservassem suas fortunas e não comprometessem sua liberdade.
O Dr.Soltes conversou com dezenas de empresários presos por corrupção e entrevistou até o Madoff,o homem da pirâmide que ganhou 150 anos de cadeia num país onde o “cumpra-se” é cláusula pétrea.O doutor em negócios de Harvard mergulhou com vontade na história e foi buscar fatos de 1939 quando a expressão “crime de colarinho branco “ foi inventada por Edwin Sutherland .E,descobriu que o criminoso desta modalidade faz porque acha que não vai dar em nada.Movido pela ganância,pela arrogância,cobiça e certo do custo – benefício pois conta com bons advogados e amigos – cúmplices poderosos ,não percebe que uma simples ligação,uma conversa ás escuras numa garagem,um encontro suspeito num aeroporto onde entram malas recheadas podem arruinar para sempre sua carreira e sua vida.E,isto não é o dano maior.Sua reputação ficará marcada para sempre na letra escarlate da História.E ,seus filhos,netos e bisnetos serão considerados infames por muitas gerações. -Quem é aquele?
-Ah,é o neto daquele deputado,lembra,do escândalo da roubalheira no sec.XXI?
Segundo Madoff há dois tipos de delinquentes,o que está pronto para cometer o crime desde sempre e aquele que entra nessa devagar,pensando em ficar só naquilo,mas,vai em frente. Ou entra nessa para favorecer um amigo e “ganhar algum” ,mas,se dá mal.A corda sempre arrebenta pelo lado mais fraco.
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O sujeito é um alto funcionário, um empresário bem sucedido,um parlamentar e cheio de amigos influentes. Tem casa,carro,posição social, o respeito dos seus amigos,rendas, viagens ...Enfim,tem tudo o que o “ordinary people” sonha.
O que faz uma pessoa privilegiada entrar nessa barca furada de roubalheira ,propinas e corrupção e virar um criminoso de colarinho branco? Vejo que estou sendo repetitiva porque no fundo tudo é uma coisa só.Um crime leva a outro.E,um dia a casa cai.E da admiração chegamos á execração pública.E todo aquele dinheiro maldito passa a não poder ser gasto porque ,nos fatídicos dias da internet (fatídicos para alguns,eu diria) todos sabem da vida de todos e a verdade cismou de aparecer deixando o fundo do poço.O “homem bom” ,de repente não pode viajar pois é xingado nos aeroportos; idas a restaurantes luxuosos tornou-se uma provação; a mulher deixa de ser convidada para chás dançantes e vira uma pária social apontada pelas amigas; os filhos são apontados nas escolas ou universidades.E, ainda temos ovadas nos casamentos de luxo.
E, me pergunto vale a pena tudo isso?O dinheiro escorre sorrateiramente para bolsos de bons advogados ou é sequestrado pelo Estado.Contas em paraísos fiscais,fechadas.
Mas, parece que não é apenas minha mente poluída que se preocupa com isso;nos States já foram publicados dois livros sobre o assunto.Um deles “Why They Do” do Professor de Harvard,Eugene Soltes,(“ Porque eles fazem isso – A Cabeça do Criminoso de Colarinho Branco” e outro “Too Big to Jail” (Muito grande para ser preso) estão bombando e deveriam ser lidos por políticos e empresários para que conservassem suas fortunas e não comprometessem sua liberdade.
O Dr.Soltes conversou com dezenas de empresários presos por corrupção e entrevistou até o Madoff,o homem da pirâmide que ganhou 150 anos de cadeia num país onde o “cumpra-se” é cláusula pétrea.O doutor em negócios de Harvard mergulhou com vontade na história e foi buscar fatos de 1939 quando a expressão “crime de colarinho branco “ foi inventada por Edwin Sutherland .E,descobriu que o criminoso desta modalidade faz porque acha que não vai dar em nada.Movido pela ganância,pela arrogância,cobiça e certo do custo – benefício pois conta com bons advogados e amigos – cúmplices poderosos ,não percebe que uma simples ligação,uma conversa ás escuras numa garagem,um encontro suspeito num aeroporto onde entram malas recheadas podem arruinar para sempre sua carreira e sua vida.E,isto não é o dano maior.Sua reputação ficará marcada para sempre na letra escarlate da História.E ,seus filhos,netos e bisnetos serão considerados infames por muitas gerações. -Quem é aquele?
-Ah,é o neto daquele deputado,lembra,do escândalo da roubalheira no sec.XXI?
Segundo Madoff há dois tipos de delinquentes,o que está pronto para cometer o crime desde sempre e aquele que entra nessa devagar,pensando em ficar só naquilo,mas,vai em frente. Ou entra nessa para favorecer um amigo e “ganhar algum” ,mas,se dá mal.A corda sempre arrebenta pelo lado mais fraco.
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