PANDEMIA
Nem sempre precisamos remoer nossos males, ou pendengas internas ou externas que tenhamos, mas com o surgimento do que até agora podemos chamar de o mal do século, muitas coisas passadas ficaram no esquecimento e muitas coisas boas ficarão sempre na lembrança. Assim, comparando-se com os meses passados do ano 2020, o anterior foi de considerar-se um paraíso.Terminou, terminou.Comecei o ano novo convivendo com alguns parentes e amigos que há muito não via e até o final do primeiro mês estava muito bom. Retomada a rotina e as notícias ruins começaram a surgir. O COVID-19 começou a se movimentar pelo mundo todo e os políticos a coçar as pulgas atrás da orelha, pensando já na próxima eleição e de onde sairia dinheiro, até que começaram a surgir os decretos de fechamento do comércio, bancos, frotas de ônibus, estações rodoviárias ficaram desertas,aeroportos com aviões no solo,escolas fechadas, ruas e avenidas sem movimentos, pessoas em solilóquio porque sendo sozinhas, agora não tinham mais as ruas e aquele burburinho, movimentos de braços e pernas em passagens e ultrapassagens nas calçadas.Nas grandes cidades, completamente estranho isso, nas cidades menores onde é costume passar por alguém e dizer bom dia, boa tarde, boa noite, isso é muito pior, difícil de entender. O silêncio começou a parecer o de uma guerra sem canhões, com mortes diárias contabilizadas com exatidão segundo as autoridades, com desconfiança segundo alguns e com muita tristeza para aqueles que tiveram perdas humanas em familia, grupos de amigos,grupos religiosos, vizinhos ou apenas um homem, uma mulher a quem não conheciam, pessoas a quem acostumamos a ver e cumprimentar.E assim se foi a metade do ano. Os políticos, alguns, trabalhando, outros cometendo delitos contra o patrimônio público, alguns falando bobagens,coisa que eles não fazem, e se lambuzando com cachorros- quentes numa multidão infectada pelo covid19, outros ainda de olho nas polpudas verbas liberadas por conta das despesas surgidas e, no meio de todas essas pessoas, as vítimas da doença e os trabalhadores em saúde. Não importa o que façam as autoridades, cumprirarm seu dever, mas não estiveram na linha de frente, cara a cara com o COVID-19.Na última instância onde os recursos são os respiradores, medicamentos, equipamentos de proteção individual e outros, lá estão médicos, enfermeiros,trabalhadores da limpeza e desinfecção, motoristas,bombeiros, atendentes de portarias dos hospitais etc.Essas são as pessoas mais imprescindíveis neste momento crítico do mundo. Essa pandemia foi, até agora o pior problema, o mais grave e o mais abrangente mal deste século XXI. E pra variar,as advertências, multas, puxões de orelha, polícia nas ruas, os mais afoitos burlam de uma forma ou de outra e se encontram nas praias, casas de família,bares e até no mato ou nas florestas, tudo para uma festinha, enquanto os demais gritam FIQUEM EM CASA! A maioria, lotados de compromissos, diz ser impossível não trabalhar, enquanto isso a esperança se renova cada vez que um cientista nos informa o andamento de suas valiosas pesquisas. Tudo vai dar certo!!!!!!!!!!!