Curtindo a vida!
Hoje, ao acordar, me veio uma vontade de fazer faxina. Toda animada, peguei o rodo, a vassoura, o balde...imaginei uma diversão nestes tempos de pandemia. Tudo pode ser bom ou ruim dependendo da forma como encaramos a situação. E o resultado deve ser recompensador. Imagina uma casa limpa e cheirosa, não existe nada melhor. Assim comecei o meu dia. E vieram também os desafios.
Ao lavar a varanda encontrei o primeiro desafio. O ralo não dá queda. Então fiquei buscando com o rodo a água que teimava em ir em sentido oposto. Aí me imaginei remando, mas sem sair do lugar. Minha irmã vendo a minha trapalhada, me sugeriu o esfregão, mas neguei a ajuda, convencida que ia dar conta, até que meia hora depois eu ainda labutava com a água. Então decidi humildemente aceitar a ajuda do bom esfregão, que em cinco minutos absorveu toda a água. Fiquei feliz e fui pra próxima tarefa. Enquanto limpava os móveis o frango estava no fogo, mas calma, não pensem que deixei a panela queimar. Seria demais outra trapalhada. No máximo só tive uns esquecimentos.
`Peguei a panela elétrica de arroz, assim, não teria perigo de queimar o arroz enquanto eu fizesse outra tarefa. Ao refogar a cebola esperei, esperei, esperei esquentar a panela, e nada, foi então que eu vi que estava desligada da tomada. Mas tudo bem, contratempo que não me atrasou em nada. Coloquei o arroz para refogar, esperei enquanto olhava pela janela, E minutos depois ao me virar notei que esqueci novamente de ligar a panela. Tudo bem ,vamos lá. Coloquei o açafrão, adoro arroz com açafrão. Agora liguei a panela.
O frango ficou pronto, e coloquei as batatas e cenouras na panela de pressão pra cozinhar e fiquei uns bons minutos procurando o isqueiro. Detalhe, o fogão não está funcionando o acendedor elétrico. Finalmente encontrei o isqueiro e a panela foi posta no fogo.
Esqueci de contar que me ofereceram ajuda em casa, mas minha animação era tanta que queria fazer tudo sozinha. Eu acho que esse meu ânimo se deu porque acertei ontem na canjica, ficou muito boa mesmo. E como diria minha personagem Maria Frô. – Ficou bão dimais da conta, sô! Só que estou longe, muito longe mesmo de ser uma boa cozinheira. Outro dia mesmo fiz umas pamonhas. E fiquei toda felizinha. E quando minha sobrinha abriu as palhas me perguntou: – Uai, cadê a pamonha? Minha animação se esvaiu na hora, depois de tantas horas ralando, temperando, colocando na palha, amarrando, o resultado não foi o esperado. E a coitada da minha sobrinha não conseguiu nem duas pequenas colheradas de pamonha. Mas tudo bem! Ela até me incentivou. – Da próxima dá certo. E foi além – Será que se comprar não é melhor! Acabei dando muitas risadas e disse que vou continuar tentando. Como eu ia dizendo, ontem ela elogiou a canjica que fiz. E fiquei muito contente, apesar de não ter segredo em fazer uma canjicada.
Voltando a faxina eu ainda tenho muito o que fazer. E não pense que esse meu entusiasmo seja ironia, de forma alguma, dá pra se divertir fazer faxina. E como já disse, o resultado de uma boa faxina só nos faz feliz. E depois que eu terminar vou ficar esperando minha família elogiar o meu esforço. Agora deixa eu ir que tem muito ainda por fazer. Quem leu até aqui com paciência o meu muito obrigada.