O VINHO E SEUS MISTÉRIOS

A quem diga que uma taça de vinho nas refeições faz bem a saúde devido a uma substância denominada resveratrol. A quem diga também que uma ou duas taças de vinho no final de semana, em pleno inverno, acompanhada de um queijo, não é “pecado”. Ou, quem sabe, é? Não sei. Só sei que um poeta da Pérsia de nome Karam, século XV, dizia: “Dizem que os amantes do vinho irão para o inferno, não há verdades comprovadas, mas há mentira evidente. Se os amantes do vinho e do amor forem para o inferno, deserto deve estar o paraíso". Como se vê, sobre o vinho pairam muitas indagações, inclusive quando a história do vinho teve início. São muitas. Mas existe uma velha fábula persa que tenta explicar o caso.

Trata-se da história de uma princesa que teria descoberto o vinho. Que depois de perder o apreço do rei, sentiu-se tão mal que decidiu cometer suicídio envenenando-se com uma taça de suco de uva “estragado". Só que, em vez de morrer, ela notou que, depois de ingerir as tais uvas, seu humor melhorou tanto – passou da água para o vinho – que a princesa reconquistou o favor do rei. E assim se deu, para os persas, a descoberta de que uvas fermentadas não produzem veneno, mas sim um elixir poderoso.

Não resta dúvida, a lenda persa é interessante, no entanto, a verdadeira e mais bonita história sobre o vinho é aquela que está na Bíblia, o livro dos livros, que diz que o primeiro milagre de Jesus foi quando transformou água em vinho nas “Bodas de Caná”. Jesus realizou esse milagre pouco depois de ser batizado e de chamar os primeiros discípulos. Esse milagre foi um sinal que Jesus era o Salvador prometido. Jesus tinha sido convidado para um casamento em Caná, na região da Galiléia, junto com sua mãe e seus discípulos. Antes do fim do casamento, sua mãe lhe avisou que o vinho tinha acabado. Jesus disse à sua mãe que seu tempo ainda não havia chegado. Então Maria disse aos serviçais para obedecer a tudo que Jesus mandasse. Jesus mandou encher seis potes muito grandes com água e entregar ao encarregado da festa. Os serviçais obedeceram e o encarregado da festa ficou surpreso com a boa qualidade daquilo que agora era vinho. Para mim está é a melhor e mais Santa verdade sobre o vinho.

Após estas pontuações, em plena quarentena, como Sulista do Paraná, estando a mil metros de altitude e com um frio de três graus positivo, embora o fogão à lenha esteja trabalhando a todo o vapor, e as brasas mostrando valor, espero não cometer nenhum pecado, mas com a devida moderação tomarei uma taça de vinho. Como conta a lenda persa, para melhorar o humor rsrs... assim, certamente a dona da cozinha ficará Feliz.