Ao Mosqueteiro Dartagnan,
 
Estou aquém das classificações literárias dos textos produzidos. E o que me fascina na literatura é a “Liberdade Poética”. Sei que este princípio é desculpa  para tantas coisas. Mas usufruo deste abuso desavergonhadamente. A formação que me fez enquanto produtor textual foi em HISTÓRIA, da corrente historiográfica clássica,  que só considera história ao documento escrito, à mais contemporânea, que é a História Oral, que considera história – não mais “estória”,  simples neologismo em desuso – ao que é trazido pela oralidade de um grupo e registrado em veículos.
 
Assim sou abusado em categorizar um poema em crônica e uma crônica em poesia.
 
Penso nos autores canonizados pela literatura, como Ana Cristina Cezar que foi aconselhada pela sua orientadora literária em publicar seu livro suprimindo a página um – as páginas são contadas a partir do 2. O propósito era incomodar o leitor.
 
Neste viés de incomodar estou publicando aqui no RECANTO DAS LETRAS as CARTAS. Cartas que são registros de casos contados pela minha família sobre si mesmo e os locais de Minas Gerais. Elas são cartas por serem registros, como os mapas são cartas geográficas. São também crônicas e são liberdades poéticas.
 
Vou parando por aqui  por que está parecendo aula de teoria literária – às vezes o professor encarnado recusa deixar o corpo e psique (não sou cardecista, adianto). Recomendo a leitura e vídeos contidos no texto “Dos Altos da Serra da Mantiqueira”. A temática desta é a Loucura e adianto que Barbacena, medita à Princesa do Campo, sempre cafona, elitista e caipira, é chamada de Cidade dos Loucos – o clima frio era determinante para casas de repouso da elite e asilos públicos de lunáticos marginalizados naquela sociedade da eugenia.
 
Deixo aqui a referência do texto que lhe sugeri:
 
https://www.recantodasletras.com.br/cartas/7004124
Abraços e com estima – se cuida, vamos vencer a pandemia,
 
L.L.
 
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 15/07/2020.
 
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Lei do Direito Autoral nº 9.610,
de 19 de Fevereiro de 1998.
 
 
 
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Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 15/07/2020
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