Crônicas de Norael - 14

Tudo que sinto ser bom, é bom;

tudo que sinto ser mau, é mau.

Jean-Jacques Rousseau

INTERAÇÃO

Os Alterianos puderam perceber o tamanho fascínio em relação a infra-estrutura e a receptividade vinda dos Rafnors. Puderam perceber que entre os Noraelenses eles não referiam uma ao outro como Tu, nem como sequer honraria a diferenças de títulos entre eles, em seus gestos eles descreviam ações e sentimentos, com uma transparência inocente, (que vocês puderam compreender que isso também fazia parte de seu idioma), e que levaram a se questionar que os nomes dos visitantes não eram de fato seus nomes. Entretanto um de seus linguistas que percebeu estas minúcias levantou esta questão, que prontamente foi respondida pelo capitão.

Capitão: Desculpe este mal intendido, entretanto para os Rafnors não nos identificamos com nomes, a muito tempo, em tempos de conflitos internos, foi realizado uma experiência social, retirando os a premissa dos nomes para que pudêssemos eliminar as fronteiras de se ver como uma individualidade e passar a nos enxergar como uma totalidade. Aos poucos as fronteiras que existiam em nossa civilização foi cedendo e hoje somos completamente unificados, nos enxergamos todos como iguais, e consequentemente outras espécies como iguais. Entretanto nosso avanço tecnológico tem exigido do planeta, para que não interferíssemos no bem estar de outras espécies, esta exploração é para colonizar outros planetas e passar este conhecimento adquirido para seres que ainda estão em desenvolvimento e que eles possam viver de forma harmônica com outras especies sem se verem como diferentes e subjuga-las, como tanto fizemos no passado. Um simples olhar direto e gestos objetivos podemos comunicar tranquilamente sem nos referirmos como tu.

O capitão da frota liberou um banco de dados sobre sua cultura e necessidades básicas, que em questão alimentícia, os Rafnors se alimenta de plantas cultivadas em sua própria residencia, fizeram alteração genética para cultivar alimentos que suprem todas as necessidades de vitamina necessária para espécie, e compartilharam tal conhecimento. De forma que os Alterianos pudessem conhece-los melhor e atender ao pedido referido anteriormente.

Embaixador: Muito bem honoráveis, como puderam perceber viemos sem intenção alguma ser hostil, de tal forma gostaria muito de obter uma conversa sincera, esta é uma premissa que nosso povo tem quando se trata de estabelecer relações, claro que irei supor um acordo e que se for negado de forma alguma nos sentiríamos ofendidos e sairemos da mesma forma que viemos, pacificamente, tanto que nossa nave não veio armada suficiente para provocar conflito que seja.

Estamos em tempos de exploração como disse anteriormente, e sei que vocês podem ter colonias e territórios alem do seu sistema, não temos interesse nenhum em explorar essas regiões já dominadas, entretanto o deslocamento de voo de nossa nave é limitado, e gostaríamos de estabelecer uma aliança, que as condições poder ser benfica pra ambos em igualdade. Se pudermos utilizar este sistema como posto avançado para reabastecimento, alem de arcarmos com custo de nossas manutenções, lhes daremos os mesmos benefícios em nosso sistema, sem falar que se estabelecemos uma aliança, podemos nos dar suporte em qualquer conflito futuro e trocar informações tecnológicas, que eventualmente vai nos promover um avanço mais acelerado em questões do recursos. Infelizmente não porto comigo e nem fui autorizado a não fornecer algo em troca, entretanto se for de vosso interesse estabelecer uma aliança, poderemos fazer uma troca de embaixadores e conduzir estes pormenores de forma equalizada. O que me dizem?