Prolixo e Água de Chocalho

ERA minha intenção comentar sobre um fato inusitado: a ema que bicou o presidente no jardim do Alvorada,ele voltando do banho ode sol, segundo a imprensa, e resolveu dar comida às emas, uma delas não gostou e bicou a mão dele. Um amigo me disse que é capaz dessa ema ser subversiva ou adversária do cloroquina. Lembre o do Canto da Ema, de Jackson do Pandeiro. Mas o assunto desta maltraçada é outro.

Confesso minha total ignorância para falar sobre a arte da escrita. Mas como me considero bom leitor, pelo menos mediano, vou meter meu bedelho num assunto meio polêmico: na internet os textos prolixos são evitados, as pessoas podem até ler um pedaço, mas não chegam ao fim. Segundo minha opinião, os textos, principalmente crônicas, não devem ultrapassar 50 linhas, no máximo, estourando, sessenta. É verdade o que estou afirmando. Uma verdade abissal. O texto prolixo é evitado, às vezes por educação e, outras vezes, por consideração ou pena, leem o começo e a linha final. E por compaixão fazem u comentário.

O prolixo se torna chato, quando insiste vira chato de galochas. Há no sertão uma explicação para justificar essas pessoas que falam demais, que falam e escrevem pelos cotovelos.Diziam s antigos que esses carinhas tipo o homem da cobra, quando crianças tinham a língua presa e para destravá-la davam água a essas crianças num chocalho. Resultado, quando começaram a falar não pararam mais. Pois bem, esses prolixos que escrevem catataus, teses, que escrevemu tratado de chatice como se fosse crônica beberam quando criança água num chocalho. Por isso citam tanto, copiam tanto, repetem tanto e acham que ser prolixo dá ibope. Sóvai rindo. Quaquaracacá. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 14/07/2020
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