Confissões da Flor e a falta de virtudes
Hoje precisei ir ao trabalho novamente.
No trabalho dei uma resposta mal criada para minha patroa, diante de tantas demandas frente a nova situação que se encontram os trabalhos fica fácil perder a cabeça e a noção de coerência.
Foi assim comigo.
Depois com a cabeça mais fresca, comecei a perceber o quanto estou distante das virtudes que tanto preguei, sobretudo a Prudência. Prudência no modo de falar, saber ouvir primeiro e refletir sobre o que devemos dizer.
Percebi que ser cristão é se converter diariamente, sabendo encontrar nas loucuras da vida e na nossa loucura interior a paz que devemos sentir e transmitir aos outros.
Hoje me pesa saber que não transmiti paz, pela minha falta de prudência transmiti agitação e desconforto, acabei deixando alguém que também já estava farto de seus próprios problemas, um pouco mais triste hoje.
Talvez isso venha pelo fato de eu sempre pensar nos outros e na situação dos outros e me importar pouco comigo mesmo. Mas é uma contradição tão grande, porque quando finalmente resolvo pensar no meu próprio bem-estar, sou egoísta e deixo os outros em situação desconfortável.
Só sei que essas relações sociais estão cada vez mais complicadas por conta do estresse gerado nessa pandemia.
É um cansaço tão grande que as vezes não tenho como me culpar pela minha falta de prudência, só clamar a Deus de que numa próxima vez eu consiga agir melhor.