UM LONGO INVERNO. VOLTO ÁS MINHAS CAMINHADAS.UM MUNDO DIFERENTE.

Volto aos meus diários andamentos rotineiros e já consumidos pela saudade que se atualiza. Caminhadas e “interval training” de tiros de 200/300 ms. Uma felicidade, a máscara atrapalha bastante a respiração com esforço mesmo médio. Caminhando não. Expira-se gás carbônico que fica contido na máscara e quando se respira retorna o gás ao invés de oxigênio. Necessário levantar a máscara pelo menos livrando a boca.

Há uma certa desertificação nas ruas. Os bairros por onde faço varreduras estão como eram anos e anos atrás, calmos, sem trânsito. É estranho, perdura muito medo. Assim creio.

Passando por ruas que eram muito movimentadas nada de movimento exacerbado se vê. Poucas pessoas, quase tudo fechado, lojas entregues, com o "alugo" nas portas.

Vamos passar um longo inverno....primavera, e lamentavelmente verão sob essa ameaça. Creio como disse no início às minhas netas, este ano está perdido. Perdido no sentido da plena liberdade que se tinha e não há mais. Era como diz a música, “eu era feliz e não sabia”. Mas confesso, tirando o sistema espectral que nos assola a todos, essa certa quietude e tranquilidade traz uma paz que não mais se tinha.

Vejam, Paris estava deserta, ainda está, e se vê em um brasileiro conhecido que lá mora e faz filmes, “Um fotógrafo brasileiro em Paris”, encontrável no Youtube.

Somente uma vez que saia para embarque cinco horas da manhã vi uma Paris diferente, com as luzes se apagando, penumbrosa, mas quieta e vazia, muita linda como sempre. Está assim agora a qualquer hora.

Meu cantinho está assim também, em paz sob aspecto de transitarem as pessoas. A demografia é outra.

Nova Yorque, Roma, Milão, Amsterdam, os grandes centros europeus e das frequências turísticas mundiais estão rareados de pessoas. Um mundo diferente. Até quando só o tempo dirá. A hibernação sanitária deve ser longa. A ciência tão propalada (seguir a ciência) está meio vencida, com paliativos curativos. Vamos confiar na Grande Força que gera e comanda todos os espaços, Deus, que nos deu a natureza, Divina.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 12/07/2020
Código do texto: T7003917
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