Crônicas de Norael - 13

Os seres humanos são permanentemente tolhidos por limitações no conhecimento, na sabedoria e na virtude. As pessoas são egoístas e míopes, e se forem deixadas por contra própria, mergulharão em uma guerra hobbesiana de todos contra todos. As únicas coisas que impedem de cair no abismo são os hábitos de autocontrole e harmonia social que elas absorvem quando atacam as normas de uma sociedade civilizada.

Edmund Burke (Pai do conservadorismo intelectual).

CONTATO

Em Minoris Majoris...

Capitão da Explorael: Sou Capitão da coverta Explorael II, pode referir a mim como All-uk, estamos em missão de exploração e nos deparamos em seu sistema. Temos intenções de desbravar este gigante desconhecido que habitamos, sabemos que muitos perigos se encontram nas sombras das estrelas. É nossa intenção também estabelecer alianças, promover forças pra ambos impérios. O que me diz Ministro Akkal Bleck, é de vosso interesse este contato?

Sou Capitão da coverta Explorael II, pode referir a mim como All-uk, estamos em missão de exploração e nos deparamos em seu sistema. Temos intenções de desbravar este gigante desconhecido, mas também sabemos que muitos perigos se encontram no desconhecido. É nossa intenção também estabelecer alianças, promover forças pra ambos impérios. O que me diz Ministro Akkal Bleck, é do seus interesse este contato?

Capitão: Ministro Akkal Bleck, acho essencial que façamos uma conversa face a face, por favor, nos conduza ate o satélite.

Durante o percurso foi determinado que alguns tripulantes ficassem na nave, quem desceria seria o Capitão da nave juntamente com agente de relação exteriores.

Desembarcando da nave eles puderam ver dois seres altos, esguios, membros grandes, mas com formas humanas, transmitiam uma grande serenidade e suavidade em seus movimentos.

Capitão: Prazer, podem me chamar All-uk, este é meu ministro de relações exteriores podem referi-lo como All-ar.

A Colônia Alteriana em Daemon era uma das maiores daquela civilização até então. A mesma era uma gigantesca megacidade onde ali viviam boa parte dos Alterados, uma outra parte estava na colônia da outra lua.

O Ministro Bleck requerera do governador de Daemon o prédio do consulado por completo - que ficava próximo ao espaço-porto - para o devido encontro e para que, assim, não pudessem ser perturbados por jornalistas e curiosos.

Ao se encontrarem com aquela raça alienígina, ela interessante ver como, apesar dos pesares, os mesmos eram relativamente humanoides. Como se a natureza do universo permitesse seguir um padrão.

"Capitão All-uk, Senhor Ministro All-ar. Sejam bem-vindos a Daemon, uma de nossas colônias extra-planetares do nosso sistema. Creio que posso mostrar um pouco da cidade enquanto seguimos para um prédio aqui próximo." - O mesmo apontara um veículo que flutuava a alguns centímetros das placas de metal que compunham o terreno. "Nós usamos placas de gravidade para manter a gravidade natural de nosso planeta na colônia. Vocês não sabem o quão complicado foi criar essa colônia em tempos idos quando tínhamos apenas microgravidade."

Todos entraram no veículo e quando o mesmo começou a se movimentar, as janelas do lado de cada conviva ali começara a mostrar para eles, em sua língua natural, dados históricos e relevantes de Daemon.

"Tomamos a liberdade de utilizar o Tradutor Universal e dispomos informações aos senhores de acordo com a sua língua." - Disse o Ministro da Defesa que fora interrompido por uma assistente. "Sim, aqui mesmo. Mande estas informações para o Consórcio Necrosim."

"Creio que a viagem dos senhores deva ter sido longa. Gostaria de perguntar a possibilidade de cederem o banco de dados de vosso planeta no que tangencia alimentos para procurarmos similares em nosso biosistema. Não queremos começar nosso encontro com o pé errado."

"Não tivemos contatos com outras espécies, mas de acordo com a Grande Biblioteca que os nossos ancestrais deixaram - e que ainda estamos codificando - é de praxe isto que estamos fazendo, principalmente porque os nossos ressenquenciadores de proteína não tem uma livraria vasta de alimentos para satisfazer outras espécies."

Cerca de quinze minutos depois, eles haviam chegado no prédio que o ministro havia solicitado.

"Senhores, por aqui." - A frente deles uma guarda havia sido montada para a chegada dos mesmos. Uma breve comitiva diplomática se assentiu diante dos convidados e estes puderam ser ouvidos na língua padrão dos dois representantes. "Nós fizemos um estudo rápido da língua que vocês tem, ela é extremamente fascinante e estamos usando um pequeno tradutor universal para que vocês nos compreendam melhor, mas, claro, temos os nossos linguistas e dois deles fizeram questão de aprender o seu idioma. Eles pediram, assim que possível, obras de arte de sua espécie, literatura principalmente."

"Creio que podemos fazer sim um intercâmbio cultural, posso falar com a Secretária da Educação e Cultura para mostrarmos um pouco de nossa parte." - Pegaram então um elevador e enquanto subiam o ministro continuou. "Espero que possamos adquirir muito conhecimento de vossa espécie." - Ao chegarem ao andar. As portas se abriram e a sala estava a vista de todos.

Ali os dois convivas puderam ver um pouco melhor da arquitetura de Alteria que muito tinha a ver com a arquitetura Legana, isto os alterianos não haviam modificado em nada, pois os mesmos tinham uma grande honra ao seu antigo legado.

"Espero que esteja tudo dentro do seu agrado." - Disse, por fim, o ministro. "Agora, como podemos ajudar vocês?"

Foi o rio que me disse e Daniel Gomes
Enviado por Foi o rio que me disse em 12/07/2020
Reeditado em 12/07/2020
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