Distante

Me encontro aqui neste sábado ouvindo a Educadora FM, que toca a seguinte canção Standy by me, me pego voltando a minha infância lá pelos idos de 1973 quando tinha dez anos.

Sentada no passeio o prédio em que morava, sentido a brisa daquela tarde refletindo nos meus pensamentos entre outras coisas, o que vinhemos fazer aqui na terra, para quê vivemos e qual o sentido da vida?

Hoje, 2020 o ano que não existiu e que mal começou terminou no fim de carnaval, vejo com saudade aquela criança que o que mais desejava da vida era ser feliz. O que mais uma criança quer? (isso me reportando aos anos 70).

Triste saber que criança não é mais criança e que nós adultos os transformamos em micro adultos que na maioria das vezes nem sabe lhe dá com uma simples frustração.

Triste também ver que animais da minha infância que era tão comum mal resistem a este novo temo a exemplo das cigarras que amava final de tarde ouvi-las, os vaga-lumes que caçávamos quando faltava energia, as várias espécies de borboletas com seu colorido que alegrava a minha visão, me levando a refletir que um dia foi largarta.

Enfim como tudo mudou e ficou mais chato salvo o uso de novas tecnologias que de certa forma nos aproxima.

Clara de Almeida
Enviado por Clara de Almeida em 11/07/2020
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