Casa e ela

Com vinte e um anos ela estava viajando de Manaus até Foz do Iguaçu. E era feliz e contente. Chamava-se Olinda mulher forte do signo de capricórnio. E namorara Jonas homem bom e bastante bravo quando ela demorava em chegar aos encontros dos dois. E casou-se com vinte e sete anos dela e foram felizes. E ela terminou a faculdade de economia e começou a trabalhar numa multinacional dentro de Minas Gerais. E o marido também formado trabalhava junto a ela. Casa ela queria ter e conseguiu até em três anos de consórcio. E tiveram dois filhos o bom Douglas e o bom Neon. E os dois eram a alegria dos dois pais. Olinda era devota do Sagrado Coração de Jesus e era feliz. Todos os sábados passava o dia na igreja rezando com outras mulheres o terço mariano. Tinha ela muitas amigas. E as melhores eram Eugênia e Ventura um pouco mais velhas do que Olinda. Eugênia era contadora e Ventura dentista. Inclusive Olinda ia ao consultório da amiga a cada três meses verem seus dentes que eram muito caros a ela. E pedia a outra como declarar o imposto de renda de maneira toda correta. E Olinda era professora de economia e voraz devoradora de livros diversos. E Jonas gostou de uma das amigas, a contadora e começaram a se relacionar. Jonas começou a ficar grosso, ameaçava bater nela, falava mal e ela ficava triste e descobriu a traição vendo o celular dele. No mesmo momento ela quis se separar dele e ele insistiu em ficar falando que iria largar a amante e amiga dela mais não foi. E ela deu uma tapa na cara dele e ele saiu de casa. Hoje ela vive com os dois filhos e escolhe bem as amizades dela. E o marido paga mensalmente uma pensão de três salários mínimos para ela e os filhos. Douglas era um, bom filho e Neon também. O sentido da vida era diferente para os três diferente do pai com a amante. E eles dois morreram em um acidente carro Eugênia e Jonas tiveram seu fim. E todo o salário dele ficou com Olinda e os dois filhos e ela comprou uma casa nova para os dois filhos e ela lá se viver. E passaram-se dois, três, até quatro décadas de harmonia familiar e Olinda foi ao colo do Pai com oitenta anos decerto. E Douglas e Neon foram ecônomos como a mãe e fizeram faculdades diversas correlatas. De cada momento particular ela rezava para Santa Rita lhe auxiliar nas suas orações e preces. E não pediu jamais que o marido morresse e sim que ele se torna se um homem bom e melhor. E hoje ele está no purgatório porque ela pediu a Cristo isso. E Douglas, Neon e Olinda os três foram para o céu. E cada mover de lábios pressurosos ela, a Olinda, era uma caucasiana linda e bela, com um metro e setenta de altura, lábios doces de um beijo terno e coração doce e nobre. E com cada sentido ela rezava até pela amiga contadora mesmo ela traindo a amiga com o marido dela. De cada sentido se fala que perdoar setenta e sete vezes é muito. Mais o primeiro perdão começa com o coração e serenas vontades se fazem nesse gesto de amar e perdoar, perdoar e ser feliz.

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 10/07/2020
Código do texto: T7001796
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