A VELHA QUESTÃO. SUFICIÊNCIA, MISÉRIA, RAZÃO E INVEJA.

Na “Confederação Anticomunista Latino-americana”, há algum tempo, Papa João Paulo II, após pressão para expulsar da Igreja “bispos marxistas e padres guerrilheiros, manifestou seu ideário indicando os rumos que se desenhavam.

Voz forte, segura e didática, João Paulo II fez sentir no velho Seminário de Palafox, México, diante de um auditório ansioso e ao mesmo tempo taciturno e cabisbaixo, sua força espiritual.

Lá estavam cardeais, padres, membros de ordens religiosas e leigos. Ouviram então:

“A Igreja encontra em sua própria mensagem a inspiração para trabalhar pela fraternidade, justiça e paz contra todas as formas de dominação, escravidão e discriminação, contra a violência, os ataques à liberdade religiosa e os atos de agressão contra o homem e a vida humana.”

Era reavivada a inteligência do Cristo pela autoridade de um dos maiores sucessores de Pedro. Foi ele o artífice com Gorbachev da derrubada do comunismo falido.

Jesus Cristo na sua espiritualidade e investidura do Pai, nunca indicou parcialidades como faz o ato político, principalmente ser paraninfo da ausência de liberdade.

“É fácil ser rico sem ser arrogante; já não é tão fácil ser pobre, sem murmurar.” Confúcio

Isso se vê a todo instante. Evidência incontestável.

A forma a construir “estruturas de justiça” para que a dignidade humana e a vida sejam respeitadas em uma sociedade que se quer fraternal, sem agressões à liberdade individual foi também lembrada em Aparecida.

Nunca haverá igualdades pois o homem é desigual. Impossível não haver ricos e pobres, mas possível o equilíbrio.

É só se voltar para essa grande advertência de Gandhi:

"Não posso antever , o dia em que nenhum homem será mais rico que o outro. Mas posso imaginar o dia em que os ricos rejeitarão enriquecer à custa dos pobres, e os pobres deixarão de invejar os ricos. Mesmo no mais perfeito mundo imaginável será difícil evitar desigualdades, mas podemos e devemos evitar conflitos e amarguras."

É incrível como existem desfavorecidas percepções que não entendam que linearidades são impossíveis na fortuna e em sua ausência.

O Muro de Berlim, por exemplo, fechou o ciclo definitivamente à humanidade para ela entender, inscientes ou não, que o homem nasceu para ser livre, e esse é seu maior bem.

Das diferenças econômicas existentes entre os homens, nascem as desigualdades, pois cada um tem capacitação diversa do outro, com suas consequências muitas vezes nefastas; uns em extrema pobreza em confronto com excessiva riqueza de outros. Nas leis naturais encontram-se as verdadeiras causas da diferença, leis irrevogáveis.

Cristo mostrou o amor como caminho exclusivo de libertação e quem ama não suprime o maior bem humano, a liberdade, e a partilha pela caridade para ajudar aos que não puderam vencer seus obstáculos naturais estão disponíveis.

Mas o pecado de Caim cega o mundo e abate a vontade dos pequenos espiritualmente. E o mundo sempre vai caminhar nessa trilha.

"Um dos sinais tristes do nosso tempo é que demonizamos aqueles que produzem, subsidiamos aqueles que se recusam produzir, e canonizamos aqueles que reclamam". Thomas Sowel.

Os que reclamam e levam as benesses são os lamurientos improdutivos.

"O fato de tantos políticos bem sucedidos serem mentirosos descarados, não é apenas uma reflexão sobre eles, é também uma reflexão sobre nós. Quando as pessoas querem o impossível, apenas os mentirosos podem satisfazê-las" . Thomas Sowell, pontifica aos 90 anos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 09/07/2020
Reeditado em 09/07/2020
Código do texto: T7001064
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