Minha AURA é LAVANDA
O ato de maior burrice e incorreção é tentar ser sempre correto, porque muitas vezes o mundo merece seu erro, esqueceu que este planeta é feito deles? Aléias, construído por muito mais erros do que acertos, embora se refletirmos, todos os erros tinham o propósito de um acerto... Mas não deram certo.
Uma vez vi uma pessoa cometer um erro, um erro grave, porque envolvia uma questão de moral, uma sintonia de crédito pessoal que necessitamos ter para com alguns, sem falsidade. Fumar é um grande erro, um erro aceitável pela humanidade, como prejudicial e blá blá blá, e que nunca vai mudar, mas esta pessoa fumava, ao mesmo tempo em que na faculdade que cursava tinha uma professora favorita, era loira alta,.s senhora gentil e extremamente bem comunicativa e inteligente, foi a primeira mulher na região a apresentar um telejornal, ela era o “CARA”, uma variante inteligente da barbie, e ela o via como uma futura versão masculina dela mesma, se não melhor, porque os outros por mais que estejam no extremo, sempre desejam que o melhor do que eles já tem aconteça aos outros que também se esforçam. Mas então uma coisa horrível, a coisa horrível num todo e a coisa boa uniram-se numa única ação de desprazer: A professora estava chegando, e ele estava fumando, no corredor, de pulmões refrigerados pela lua na vitrine de seu bloco. E como se não bastasse ele estava fumando PLAZA! Oh que tragédia, logo PLAZA, antes fosse Lucky Striker, ou Hollywood, mas PLAZA? Francamente, quem diria. Era claro que esta parte da marca a ela não interessava, poderia ser um charuto cubano, ele estava fumando e automaticamente perdendo pontinhos na tabela dos bem vindos à boa ética... Ele acabou o PLAZA e nada mais fez se não lamentar.
Este foi um erro, um dos graves, como que é também engolir a fumaça do dito cigarro, ou usar uma marca ruim como tal PLAZA ou DERBY, DERBY é cigarro de senhoras, velhinhas aposentadas e bingueiras, PLAZA? Nem sei a quem pertence os PLAZAS! O bafo horrível fica, e todos sabem, a menos que uma Halls, ou Tridente entrem no jogo que você fumou.
Outro grande erro está em nosso corpo, que insiste em logo depois de uma viagem ter que fazer xixi, ou então o desgraçado erro de nossa personalidade comum, que é aquela distância entre duas pessoas conhecidas que irão se dar oi, só que então durante esta distância em que a pessoa está vindo na sua direção, e você na dela, e ela na sua, e vice-versa, coisa e tal e tal e coisa, apesar de ambas saberem que estão se vendo, que ao se cruzarem terá que acontecer a troca de vozes clamando saudação, não se sabe o que fazer durante os segundos que antecedem o contato, isso acontece sim, com você também já muitas vezes!
Errar feio é esperar algo, sendo que você nunca o fez, acreditar que a reciprocidade só existirá se o outro der o primeiro passo, é ter vários papéis em seu escritório e querer, meditar, pensar positivo para que eles saiam dali, se despachem, se guardem, se originem instantaneamente e sozinhos! Nunca se pensou positivamente para tantas coisas mais necessárias porque para aquilo há necessidade? Vá trabalhar vagabundo!
Roubar cartazes de balada também é errar, mas é tão bom, fazer uma coleção é errar, em seu começo sim é um erro, porque toda coleção no começo é pequena, então são poucas coisas de um mesmo tipo, apenas ocupando espaço, mas a coleção crescerá e tudo irá valer a pena.
Errar talvez seja fazer um texto falando de erros, mas algo que eu não sei se é erro ou acerto são os testes de revista. Porque apesar de idiotas, são legais enquanto não se sabe o resultado. Estes dias sem nada a fazer eu fiz um para “descobrir a cor da minha aura”, e eis de depois de árduo arrependimento, de responder nada menos que 78 perguntas, descobri que minha aura era lavanda! Ora bolas, mais um erro nesta modernidade, a cor Lavanda existe? E as auras não são todas azuis? Bem que condenem os que inventam nomes a cores que já existem, porque lavanda nada mais é do que (uma flor logicamente, cujo se faz essência para desinfetante geral) roxo. Aí então se vem as variações simples como roxo claro, roxo escuro e pronto, mas inventam nomes sublimes e inimagináveis, coisas comerciais. Um grande exemplo são os cosméticos onde é difícil se ver uma sombra ou batom vermelho, ou verde, é cor ‘hibisco primaveril’, ou ‘esmeralda’. E então quando se fala e alguém diz que é verdade, o negativo predomina e a explicação tenta vir com um exemplo procurando com olhar alguma coisa no ambiente que seja daquela cor para encerrar palavras. ¨Tenha santa paciência, verde e vermelho são tão mais entendíveis e bonitos! Mas enfim, segundo a descrição da minha aura lavanda, sou uma pessoa enérgica, meio desequilibrada, “avoada”, e espontâneo... Então quando sinto que algo vai dar errado, eu respiro fundo (esqueço esse desequilíbrio) e repito num erro correto: - “Minha aura é lavanda, minha aura é lavanda, minha aura é lavanda!” E dou altas e gostosas gargalhadas!
Douglas Tedesco – 10/2007