A começar em mim

"Eles não são  imparciais!"

 "A sociedade é corrupta"

"Como as pessoas são tão ingratas!?"

"Esperava mais de você!"

"Ela foi muito injusta comigo!"

Já observou que para a maioria das pessoas o outro sempre é o algoz da história?

As redes sociais só vieram para tornar público o comportamento que já estava posto, só que agora veio atona de modo mais exacerbado. Pois a ligação homem-tela desenvolveu seres híbridos dotados de "coragem" e, ao mesmo tempo, com restrições no uso de empatia.

Logo, esses seres desenvolveram a tendência da "pseudo sinceridade": Ferem o outro com palavras mais afiadas que navalha, depois  alegam que estavam apenas sendo sinceros (é acreditar veemente que suas opiniões são  primordiais para produção de oxigênio).

Penso: o que leva as pessoas a tais ações? Projeção de suas frustrações pessoais? Desejo de ter ou ser o que o outro representa?

Na verdade, o mais importante não é a resposta para tais indagações. O que importa é a emergente necessidade de encontrarmos a cura da doença mais mortal: doença da alma ferida!

Enquanto isso não é possível, já ouviu falar do direito de silêncio? Fique a vontade para usa-lo mais vezes! Melhor, use enquanto não for pedido que ele seja quebrado para falar da individualidade alheia.

Termino com o trecho de uma música do cantor @perovalenca , muito sugestiva para esse momento:

Haja mais amor a começar em mim. Amor que eu tanto quero ver, a começar em mim.

(...)

Se no lugar de apontarem tantos erros, fossem estendidos mais abraços, mais olhares de aceitação.

(...)

Haja mais amor!

Texto: @enfimpassara