Odisseia da ilusão e da realidade humana 2°parte.
2) Ser humano, na ilusão do real.
"O Real nem sempre contém toda a verdade, a manipulação ilusória brinca com a fantasia e na mistura lhe oferece o mito satisfatório"
"Ser imagem é ser real. Ser real é ser mental. Para a mente a Imaginação é a realidade, e a realidade do "manifestar" a imaginação mental"
DBR
“O mundo da realidade tem seus limites. O mundo da imaginação não tem fronteiras.”
Jean-Jacques Rousseau:
Ser, humano, no "imaginário do real" é ter a compreensão, a capacidade e a possibilidade para aceitar que ha um "âmbito" de conjuntura alternativas, uma realidade descolada dos fatos, e atuar no que está para além da consciência, que é incógnita, mais que produz imagem, pois tudo que a gente experimenta é psíquico. Tudo que é humano não pode ser tornar alheio ao ser humano.
O real não é esconderijo , e nem opcional, mais é o palco determinado, e mecanicamente organizado, com projeções ilusórias para propostas de resultados proposital.
O ser humano não se esconde no real, mais vagueia no mental, na busca do abrigo ilusório, um ser crédulo, quanto um mundo fora da esfera do real, e do físico.
Tateia na busca da compreensão para o improvisar, fora do script.
A impossibilidade dos questionamentos no âmbito coletivo
cultural, no consciente ideológico, o oculto domínio da minoria na sujeição da maioria.
O ser se torna incapaz, ele é manietado em sua mente por amarras frágeis de ilusões e embaraços de engôdos que escondem sua verdadeira capacidade .
Na ilusão interna está a fragmentação e as dosagens sapienciais, no ser imerso, o humano munido do conhecimento — "inacessível" e não manipulado —pensa fora da caixa social e recompõem o real do ilusório fragmentado, só assim haverá a possibilidade do improvável caminho inverso e heroico de sobrevivência, realização e compartilhação.
A complexidade humana, não se limita a sua estrutura material, ou mental, mais também na realidade do intangível.
Será que é mais fácil sobreviver no mundo da imaginação ? Ou encenar no mundo da realidade? Quem sabe, a sobrevivência está em transitar entre um e outro.
Em certas ocasiões e circunstâncias não sei o que é mais destrutivo:
A ausência ou a presença, a fala ou o silêncio, a timidez ou a ousadia, o atuar ou se "manifestar", o distrair ou pensar, a lembrança ou a expectativa, o se ocupar ou o meditar.
O ser humano automaticamente tem - ou de uma forma adaptável -
dispositivo de defesa, que por vezes conflita em sua dualidade.
Que dilema;
Quando se transita racionalmente e emocionalmente entre:
A razão e o sentimento, entre intuição e o desejo, entre impulso e o desalento, entre o progredir e o regredir.
O dilema está entre esta estrutura complexa do homem, um duelo de "comportamentos" internos e externos de: sentimentos, pensamentos,intuição, desejos e impulsos etc.
Que duelo;
Quando se guerreia:
Entre o medo do desconhecido e o passo de confiabilidade.
Entre ponderação e a audácia.
O que fazer?
Quando se percebe sinais, mais não se sabe o que eles querem dizer.
Como agir?
Quando se nota o caminho aberto, mais com muitas rotas.
A quem ouvir?
Quando muitas são as vozes que falam no interior.
qual voz é amiga?
A ousada e trovejante voz da razão?
Ou a meiga e singela voz da emoção?
E estas vozes sibilantes e sensuais dos desejos?
Ou quem sabe, parar e obedecer esta cintilante e quase imperceptível voz da intuição.
A confusão vem da má interpretação, o homem por vezes tem dificuldade para entender as coisas que estimula os impulsos do seu ser.
"Eis um dilema interno eis um duelo cósmico"
Ser humano é ser desafiador e desafiado,
Frágil algumas vezes, resistente em outras.
É ser perfeito, é ter defeito.
Ser humano é ser intrépido,
é ser cauteloso, é ser belígero é ser pacífico.
É estar sozinho para uma empreitada necessária.
É parar para ouvir a voz do silêncio.
Ou Ser solitário por estado circunstanciais e temporais, é fazer barulhos para espantar a voz do comodismo e do medo.
Ser humano é arriscar, é se abrir para infinitas possibilidades.
É ser sobrevivente, é ampliar a mente com o "conhecer" e se expandir com a prática do saber:
"Sempre haverá um horizonte depois da esquina, um oásis escondido na areia quente, e atrás das negras nuvens de grossas gotas, o majestoso e radiante sol, o caminho do arco íris sempre estará coloridamente 'pavimentado' depois da tempestade".
Na selva de pedra e na selva de teia, na dimensão do coletivo consciente da egrégora criada, sempre haverá na neblina mendaz e depois dela na esquina proibida, uma rota real e segura.
Ser humano é ser realista com a possibilidade do "real do imaginário", é sentir, pensar, desejar mesmo que não se movimente uma milha de seu espaço geográfico, físico e tedioso.
É Ultrapassar "virtualmente" dimensões e camadas ocultas da visibilidade do real.
Fantasia distrativa e acalentadora, suaviza de dentro para fora, apazígua a conturbada movimentação do caos do real, a encenação é tão perfeita, que se mistura que se mescla, que toma controle, do descontrole.
O ser humano se ilude com a apoteose vangloriosa e de dissimulação, o domínio "virtual" é tão convencedor, que se não percebe que sua loucura é de sobrevivência.
E sobrevivente é o louco que controla, que ri e chora, que canta e grita, que dança, que salta, que mergulha, num mergulho na profundidade do mar de palavras borbulhantes de gatilhos de sobrevivência, ou talvez de encenação.
O louco voa, supera o caos lento da realidade inalterável.
O louco é ilusionista na sua própria realidade, atua sabiamente em cordas bambas de sua vida frágil, emocionante e lenta, anda ebriamente em corrente móbil da fatalidade sutilmente imposta .
Este ser sobrevive, por ser contraditório. Pois dualismo é seu desafio.
continua...