Brasil, estado ébrio e o povo conivente
Brasil, estado ébrio e um povo conivente
Eu aqui calado, tentando gritar isolado, com meus amores e dissabores, conflitos e angústias, uma aquarela viva de muitas cores, meu estado Brasil, febril, gentil, embriagado pelo litros da ambição, eu, o povo assinando embaixo dessa depravação, quando omito a minha voz, quando não percebo o valor da ética, da moral, e me rendo a voraz loucura do carnaval, o festival de bagunça da qual acampa a condição, condição violada e constrangida, meu estado cria feridas e titubeante fica, porque eu e meus semelhantes, humanos e errantes não sabemos apurar o mel, o cultivo da honra e imparcialidade, e o umbigo é trazido ao palco, fere se amizades e padrões, mastiga se as possibilidades, coage os sonhos, oh que tristeza saber, um submundo que mergulhamos, perdoe me almas e espíritos serenos, mas a multidão está atolada, o estado alma embriagada, eu, mudo continuo, perco e morro todo dia.
Giovane Silva Santos