CEM DIAS DE SOLIDÃO
Não, não sou "GABRIEL", sou José. E o que escrevo hoje não se trata de realismo fantástico. É realismo puro. Cem dias... Ou serão ¨Cem anos?".
Invade-me dolorosamente esta ausência de contato pessoal, de calorosos abraços e apertos de mão, de conversar, trocar idéias e risos, com a família e amigos.
Saímos às ruas medrosos e sem rosto, faces ocultas, ante um invisível, intimidador e perigosíssimo inimigo... Até quando? Alguém ousaria uma resposta?
Busco explicação. Não creio em apocalípticas profecias, nem em castigo de algum enraivecido deus, e menos ainda em "mudança astral para uma "nova era".
Não sei o que virá depois (caso haja "depois"). A sociedade será melhor? (rsrsrs). Certamente que surgirão novos códigos de relacionamento e conduta, um mundo ainda inimaginável.
Isto tudo me parece um pesadelo, algo surreal. Vivíamos um paraíso (imperfeito). Sabe-se lá o que virá. Quem viver (ou sobreviver) verá...