NÃO HÁ COMO FUGIR DE SUA REALIDADE.
Não conheço nada tão incisivo em retrato de uma vida do que frase do pacifista Gandhi. “Eu não tenho mensagem, minha mensagem é minha vida”.
Memória, culpa e reconhecimento caminham juntos, durante toda a vida. Memória veste o corpo incorporeamente, e flui. Habita nossa consciência, tribunal inigualável por estar dentro de nós. Dessa soberania não podermos fugir.
A vontade de ser “dominus” do que não se alcançou invade as gentes. O desconhecimento que se quer como conhecedor ataca como epidemia a vasta ignorância da humanidade. Por isso torna-se difusa a inveja, irmã do complexo, e madrinha da caminhada “pela rama”. Mas é condição numerosa de uma coletividade que para se satisfazer, espalha e aumenta desconhecimento. Gostam disso.
E ninguém mudará o circo opinioso da frustração sem riso em saber que não sabe. Mais vale a ignorância que aprende do que a vaidade que percorre a vida com uma mensagem manca e bota.