Não quero me acostumar
Eu não quero me acostumar. Quero continuar tendo saudade dos encontros, festas, amigos, familiares.
É fácil se adaptar.
Ser humano se adapta. Em tempos de pandemia, com o pico da curva emocional que nem montanha russa, não quero parar de sentir falta das pessoas.
Isso é um perigo.
Não tenho dúvidas que tudo mudou.
Preciso aproveitar o convite à reflexão, fazer disso uma transformação.
Claro, pra melhor.
Se possível.
Mas quero continuar sendo um ser social, que se reúne, que compartilha diversões, ideias e respirações.
Não, não quero me aprisionar nas telas do celular, do computador, do sofá e da televisão.
Quando tudo passar, quero o equilíbrio.
Mas não, não quero, não posso me acostumar.