Desequilíbrio: Nascer e Morrer

DESEQUILÍBRIO: NASCER E MORRER

(Hélio da Rosa Machado)

Nascer e morrer é uma regra natural aos seres vivos, essencialmente ao ser humano, pois como racional se inclui num dos vértices de indagações transcendentais, sempre questionando esse fenômeno natural mas nunca achando as respostas, ante os mistérios e os desígnios que envolvem nossa existência já que não pertence a nós decidir certas coisas que envolvem o ser humano; porque não achamos a fórmula de rejuvenescimento e nem acharemos um meio de não morrermos.

Enquanto convivemos com essa triste realidade sob o ponto de vista objetivo, temos de nos curvar ante a grandeza do nosso Criador, limitando-nos a procurar entender a operação matemática que está diretamente ligada a esse binômio: nascer e morrer.

Evidente que nascer encerra um momento de alegria e de satisfação, pois um novo ser irá compor o Universo. Morrer, porém, sempre será um motivo de tristeza e de infortúnio para todos nós, eis que sempre estamos perdendo alguém que passamos a amar no decorrer do tempo em que ocorreu essa existência.

No entanto, pode ser motivo de análise essa questão se observada sobre o ponto de vista prático ao constatarmos que a taxa de natalidade é muito maior do que a taxa de mortalidade. Para chegarmos a essa conclusão não precisamos de estatísticas, pois é indiscutível que o mundo cresce demograficamente e de forma espantosa, basta observarmos o crescimento do nível populacional de uma cidade ou até uma de uma região rural, para notarmos que de ano a ano aumentam o número de pessoas; daí a evolução das grandes metrópoles e necessidade de evolução no mundo agrícola para que as pessoas possam se alimentar.

Mas sob a ótica do equilíbrio, o que temos em mão para podermos avaliar até quando continuaremos a crescer demograficamente? Não sou matemático, mas os países podem chegar ao caos se continuarmos nesse ritmo - sem a contensão da taxa de natalidade - principalmente alguns deles que possuem um território exíguo se comparados a outros de maior território, com extensão vasta e com amplas possibilidades de absorver a demanda de seres humanos.

O fato é que na prática alguns países, como a China, por exemplo, já desenvolvem práticas de controle da natalidade, incentivando as famílias a terem poucos filhos, sem contar com alguns outros métodos mais radicais que não valem a pena ser mencionados.

No entanto, no mundo transcendental, sobre o qual não temos condições de mensurar condutas, resta-nos apenas uma avaliação filosófica que costumo idealizar dentro minha ótica de observação, quando deparo com notícias de desastres aéreos e terrestres e fenômenos naturais como: furacões, erupção de vulcões, enchentes, terremotos etc. que geralmente quando ocorrem, infelizmente, acabam levando ao perecimento milhares de pessoas. A única explicação mais lógica que consigo visualizar nesses desastres coletivos está relacionada a essa noção de desequilíbrio entre a taxa de natalidade com a de mortalidade. Quando uma tragédia coletiva ocorre, logo me vem à mente que Deus muitas vezes é obrigado a interferir, já que o próprio homem não interfere para controlar os demasiados nascimentos.

Isso tudo nos leva a uma outra reflexão: Ora, o homem não poderia com toda a racionalidade que lhe é reservada pela natureza se esforçar um pouco mais e evitar que nasçam tantas pessoas que em certos casos só irão sofrer neste mundo de severidades que são diversas neste mundo competitivo?

Por essa razão, penso que a educação sexual é um dos caminhos mais próximos para se conseguir o objetivo de frear a taxa de natalidade. Creio que a consciência sobre essa frente de enfretamento do problema também ocasionará outros benefícios que hoje obrigam o Estado a promover campanhas de educação para prevenir doenças infectos contagiosas.

Enfim, temos de ter consciência desse desequilíbrio, para evitar que o mundo seja cada vez mais cruel para as pessoas, considerando que quanto mais gente existir maior as dificuldades de sobrevivência. O ideal é que todos passemos a entender que deve haver um equilíbrio entre o nascer e morrer, em que pese seja bíblico o registro de Deus ao afirmar para: “Crescermos e nos multiplicarmos”. Nem tanto assim....

Machadinho
Enviado por Machadinho em 18/10/2007
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