Evolução da Política
Ao passar por Florença, cidade italiana, lembrei-me de Nicolau Maquiavel, aquele que diz que em política "os fins justificam os meios". Retroagi a Platão, mas nunca estive em Atenas. E, por ter sido em tempos diferentes, seus livros "O Príncipe" e a "República", achei por bem pular para Deodoro da Fonseca, cuja cidade natal está bem próxima de mim, a pouco mais de 20 quilômetros. Distantes geograficamente e muito mais no tempo, este último, que foi o pioneiro da nossa República, tem também o seu legado histórico. Hoje, podemos dizer que a visão política não depende da época em que viveu cada um, mas do lado em que se coloca. Já fiz um crônica, cujo título foi "Fora sou um, Dentro sou outro". É o que vemos hoje na política brasileira. O mesmo que diz "se eu estivesse lá faria isto ou aquilo", quando chega lá faz tanto quanto aquele a quem apedrejou.
Por isso, a sabedoria popular tem citado o provérbio "quem tem telhado de vidro não joga pedra no do vizinho".
E não é que agora, quem também já esteve lá, tem a receita para todos os problemas?
Infelizmente, o ser humano, por índole própria, sempre culpa o outro pelas mazelas sociais. Nunca diz "por minha culpa, minha própria culpa".
Terceirizar os problemas é uma praxe, principalmente no meio político, pois, mesmo que o trabalho seja digno, não se reconhece o mérito do outro. Assim a "Nova República" já não se diferencia tanto da "Velha", nem aqui nem alhures.