FOMOS ENGANADOS SEMPRE?

Creio que somos enganados desde que nascemos.Quem chega a algum lugar sem conhecer e sem ter ciência de como chegou, quem convidou e como foi essa chegada possível?

E entra-se em um teatro onde várias personagens desfilam sem muita realidade, com sobras de um sistema que se alicerça basicamente em enganar.

Há um mar de desencontros, de tragédias e falsidades nesse palco. O melhor lugar para assistir onde essas verdades e mentiras se chocam são os tribunais.

A estrutura do engano é mais forte do que o amor e a compreensão. Pois no amor se engana e muito. E ele é o centro de tudo, amor a alguém ou a alguma coisa.

A irmandade sofreu abalos significativos com lastro nos romances bíblicos como em Caim e Abel, e o Criador obteve da criação a primeira e significativa violação de regras.

E foram feitas e são feitas muitas regras. Para quê? Para enganarem. Não são observadas nem se realizam seus objetivos.

E fomos assim forjados no engano. As consolidações para vivermos delícias, desde o Jardim do Éden tornaram-se meras fantasias. Estão aí as ideologias. Todas enganosas. Existem melhores ou piores? Não. Se voltam para o plural , mas se concretizam no singular.

Os representados são enganados sempre pelos representantes, sejam estes dominantes pela vontade de um povo ou pela força das ditaduras.

Umas um tanto contidas, mas sempre enganando, outras castradoras, nenhuma solucionando o problema da dignidade dos humanos.

E vamos passando essa efêmera transição em matéria sonhando com as advertências dos sábios, como Einstein, “se a vida é só isso, é uma piada”, esperando algo mais. Sim a vida é uma piada enganosa.

Todos os sistemas nos enganaram, com maior ou menor intensidade.

Um patrão admite ser enganado por seu empregado, com um desfalque em seus cofres? Um casal, algum dos cônjuges aceita ser traído? Um mandante consente em desvio de mandato (procuração) que deu a seu representante? Assim ocorre com todos que representam coletivamente, enganam coletivamente.

A sabedoria de Salomão disseca: “Aprendi (a sabedoria) sem fingimento, e a reparto com os outros sem inveja, e não escondo as riquezas que ela encerra. Deus me fez a graça de que falasse segundo o que sinto e que presumisse coisas dignas dessas que me são dadas. Porque ela é um tesouro infinito para os homens. Há nela um espírito de inteligência santo, único, múltiplo, sutil, imaculado, claro, discreto, ágil, suave, amigo do bem, penetrante, a quem nada impede que obre, benéfico.”

SERÁ?

Seria possível acumular esse rol de especiarias?

Ninguém pode enganar a si mesmo, um pouco da Sabedoria de Salomão vale mais do que qualquer “verdade mentirosa”. Um pouco, não nos enganemos a nós mesmos depois de tanto sermos enganados.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/06/2020
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