DA PIOR MANEIRA ENTENDEU SARA!
Da pior maneira entendeu Sara (“Winter”) o velho ditado: “manda quem pode, obedece quem tem juízo!”
Mas no geral, existem duas maneiras de aprender fazer as coisas: Da maneira fácil e da maneira difícil!
Em sua grande maioria, os brasileiros, particularmente, ainda que inconscientemente, preferem seguir as regras da sociedade, ou seja, trabalhar, cuidar de suas próprias vidas, obedecerem regras, se submeterem as Leis e de preferência não sair por aí esbravejando, que vai bater na cara de fulano, de beltrano, etc., ainda mais quando esses “fulanos”, forem autoridades constituídas... A maioria sabendo disso, sendo simples e coerentes, evitam grandes dissabores... “NÃO PAGAM PARA VER!”
“Dona Sara não!”
Ela tinha que fazer diferente, ela tinha que ostentar. Defender uma causa errada, aliada a seres erráticos, fanáticos etc., uma hora, tinha que se “enquadradar!”
Uma coisa é um indivíduo imaginar que para fortalecer sua pretensa causa, deseja ser preso (a). Outra coisa é estar de fato, “atrás das grades”, sem holofotes, sem redes sociais (aliás, nem sempre, né), sem liberdade, sem regalias, sem comida especial, sem bajulação... em alguns casos, a “ficha cai!” Em outros, não!
Mas, como lição do cárcere, “dona Sara”, vai compreender o que significa falar que quer ser presa e estar presa de verdade.
Primeiramente, o grande duro golpe para personalidades belicosas quanto a dela, é ter chegado “finalmente” à cadeia, ser imediatamente revistada, (quem não gosta de ser tocada(o), vai estranhar “um pouco”). Em seguida, despojada de todo e qualquer pertence, apalpada, cutucada, boca revistada, “orifícios rebuscados” e sem poder falar: (no caso dela) “vai tomar no seu...”, “vou dá tapa na sua cara...” Não.
Findo a “dócil”, mas, rotineira recepção, de posse de novas vestimentas, por exemplo, mas, que substitui um “roupão”, camiseta e calça numerada, faz parte da nominação. Finalmente, Sara, “at home!” Ei-la com sua numeração. Igualzinho os números dos filhos do “patrão”: 01, 02, 03... A dela tem grande cadeia de números... no entanto.
Como dizia o velho sambista (Bezerra da Silva): “malandro é malandro, mané é mané!” O malandro (a) já sabendo como é “VIP”, o tratamento lá “dentro”, anda na “sombra”. Faz muitas coisas erradas, é verdade, mas, não é besta para sair xingando quem ele pode precisar depois, aliás, muito, que é um Promotor de Justiça, um Juiz, etc. Quando a casa cai, cai. Mas, dificilmente vai implodir a sua. (Casa).
De tornozeleira eletrônica, duas semanas, acredito serão mais que suficientes, para a “moça”, decidir o que ela quer ser e fazer: se vai querer ser uma bandida de verdade ou vai esquecer essa sua tendência terrorista e aprender a viver como um brasileiro (a) comum... acordar cedo, tomar ônibus, tomar metrô, entrar numa empresa, prestar contas a um patrão (de verdade), etc.,
Também deve ter entendido às duras penas a regra básica da sociedade desde tempos imemoriais: bandido rico tem recursos e advogados para livrá-lo do cárcere por muito tempo, porém, bandido pobre, esse “sim”, deve sofrer os rigores da Lei... aliás, a história da humanidade, desde que o mundo é mundo. Em outras palavras: desigualdade social e disparidade criminal conseguidos para quem tem muito e para quem tem pouco e “língua grande...”