Quem são os 32% que ainda resistem ao armagedom
A pesquisa Datafolha que apontou 32% de ótimo e bom para Bolsonaro, mesmo após a prisão de Fabrício Queiroz, sinaliza que o brasileiro não é aquele povo cordial e pacífico exaltado em depoimentos e livros. É uma decepção e preocupação constatar que há, entre nós, parcela substancial de irmãos com DNA modificado.
Alguns cientistas e comentaristas políticos se perguntam o que falta para o povo perceber quem é esse presidente que comete crimes de responsabilidade quase que diariamente, que falta com decoro e diplomacia, que caminha com grupos antidemocráticos pedindo o fechamento do STF e a volta da tortura, que tem ligações incontestes com milicianos.
Que fato tem de ocorrer além do fracasso econômico, do desprezo pela educação e cultura, das pataquadas nas relações exteriores, da indiferença diante de uma pandemia que contaminou mais de um milhão, levando tristeza a mais de cinquenta e duas mil famílias? O que mais?
Temo em acreditar que nada mais precisa ser feito contra a dignidade, liberdade, contra a democracia e o estado de direito, para que a avaliação do governo atinja um patamar condizente com o ser desprezível e incompetente que ocupa o cargo máximo do executivo.
Parte dos apoiadores são de pessoas humildes, iletradas, obedientes ao pastor da igreja, que por sua vez, são treinados para servirem à ignorância objetiva do preconceito e irracionalidade, que disseminam o medo subjetivo a um suposto demônio e a um cadáver comunista. Costuram, na mesma bandeira, a estrela e a suástica.
Outro segmento agrupa, principalmente homens, estimulados na infância a serem violentos, seja por aliciamento, exemplo ou abandono, e que cresceram com o sentimento de que violência tem que ser combatida com mais violência, rejeitando a sociologia e seus métodos.
Acima desses grupo, a burguesia que, através de golpes jurídicos e espetáculos midiáticos, mantém a boiada domesticada odiando a oposição e o pensamento progressista, mesmo que isso custe a retirada de seus direitos e honra.
A nossa indignação não vai furar essa bolha e abrir os olhos dos ignorantes, não somos capazes de fazê-los sentar diante de um livro de história, não vamos mudar a maneira como pensam e se comportam mostrando quem é o mito, porque são exatamente assim, foram eles que elegeram seu representante.