SÁBIO MESMO É O PRESIDENTE!

Neste período em que nos isolamos por causa de um bem maior, contra um mal avassalador que prostrou o mundo num todo – não deixando que os homens se dividissem por raças, ideologias, classes socioculturais, gêneros ou religiões. Tantas vozes se ouvem, muitas delas histéricas – ignorando o sinal dos tempos. Bradando por um Messias que prometia trazer as boas novas, porém, as novidades já eram velhas conhecidas.

O que venho dizer também não são novidades, mas são mais verdadeiras do que se prometia até o dia 07 de outubro de 2018. Dia histórico e fundamental para tudo o que estamos vivendo hoje – não que antes vivêssemos num paraíso, pelo contrário, já caminhávamos para o precipício. Hoje, a cada dia, estamos sendo empurrados aos milhares e já passamos de 50 mil. Sem deixar de esquecer das tentativas totalitárias mal encenadas, que rondam maleficamente um povo, em sua maioria pobres, que não tem recursos para se defender.

Mas o que tenho realmente a dizer, não se imputa diretamente ao Brasil como um todo, ou ao mundo, diz mais sobre o meu torrão.

Sou apenas um professor, aliás, privilegiado por sê-lo, uma vez que tenho menos exposição às pessoas possivelmente contaminadas pelo COVID-19. “Mas esta é uma realidade inventada!”

Sobre esse fenômeno, sendo alguém que já perdeu 2 parentes muito próximos no intervalo de 3 meses de isolamento: um por câncer e outro acometido pela própria doença em questão, analisando o fato de que estamos à beira do abismo, pergunto-me: O que (nós) estamos fazendo para nos proteger? Quando faço esta pergunta, faço-a na 1ª pessoa do singular. Ou seja, será que eu estou colaborando mesmo para erradicar essa pandemia? Sinceramente, não sei... e quem sabe!?

Passamos pela experiência do "lockdown", muitos reclamaram no início, mas sobrevivemos. E o que se viu no dia seguinte ao fim do decreto? Sem comentários!

Não estamos seguros nem dentro de casa, no isolamento. Prova disso é que um outro parente meu, que já estava isolado havia dois meses, mesmo tomando todos os cuidados, se contaminou.

E como encarar o dia a dia? A falta de respeito com aqueles que se previnem, contra aqueles que não? Ser intransigente por tentar ser sensato? Honestamente, essa é uma ficha que está difícil de cair para muitos!

Eu queria estar trabalhando todos os dias – dia e noite -, indo para a universidade, reclamando que “não tenho tempo pra nada!” Provas e mais provas para corrigir, vários livros e artigos chatos para ler. Mas não, eu sou apenas um professor, estou de "boa”, recebendo meu salário. Não posso reclamar muito, não é?!

Sábio mesmo é o Presidente.

O que posso dizer é o seguinte:

Quando você pensa que não está fazendo nada por estar em casa, saibas que está fazendo muito!

Quando você é agredido(a) por estar exercendo sua profissão, ou mais que isso – correndo risco de morte pela vida dos outros, saibas que você já não é mais qualquer um, é um herói, uma heroína.

Aqueles? Passado.

Como eventos esdrúxulos marcados:

“Gripezinha.”

“Festinhas temáticas.”

“Hidroxi (Cloroquina).”

Agmar Raimundo,

mais um sobrevivente!

Agmar Raimundo
Enviado por Agmar Raimundo em 26/06/2020
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