Oca_Z_o do Atra_Zo
O bicho humano é complicado: ele sabe que sabe. E tem que conviver com esta consciência. Ele inventa Arte, Artesanato, Religião, Seitas e Dogmas. “Dogs” para vigiar seus instintos primitivos para viver agregadamente. Os outros bichos agem sem seus medos, não têm “nevroses”. E livres são comedidos sendo menos animalescos que o bicho homem e mulher, criadores de regras feitas para a transgressão seguindo seus tensos nervos.
Os deuses inventados são aqueles juízes que limitam os instintos e os mitos, aqueles que ampliam os sentimentos humanos. Coisas do pensamento.
Os clássicos – gregos e romanos – criaram os mitos: a enciumada Juno e Hera, a casta Diana, a Lua, e seu irmão Hélios ou Apolo que se encantava por Musas, Ninfas e rapazes transformando-os em flores como Jacinto. Baco ou Dionísio, ao contrário de Marte ou Ares, era efeminado, inspirava a libido. Zeus ou Júpiter se transformava no que fosse para suas aventuras sexuais. Inclusive raptou Ganímides ou Catamito, representou a relação do homem mais velho com um mais novo, efeminado.
E deste mundo também houve a Poeta Safo, da ilha Lesbos.
Outros deuses puniam e exigiam aquilo que extrapolava a razão que continha a natureza e os desejos. Eros ou Cupido, filho de Afrodite ou Vênus, fora transformado em Anjo assexuado. O desejo sexual fora recalcado com a sublimação angelical.
O filho do deus fora torturado e crucificado para dar o exemplo de renúncia. Não é à toa que políticas fascistas gostam de reverenciá-lo: exemplificam a violência da tortura como meio de expurgação histórica: cultura que exige sacrifício social e extirpação do diferente.
E foi assim que nos idos do vintege aquela família fora estigmatizada parecendo um caso de Nelson Rodrigues. Conta-se, quem viveu a época, que o rapazinho imberbe era de uma violência extrema. A família cristã. A violência acabara culminando com a morte trágica de seu avô.
O avô por sua vez abusava sexualmente do menino que crescera. A juventude não alimentava a fantasia do avô que se nutria apenas com a infância. Dispensou o neto e arrumara outro Ganímedes para lhe servir a bandeja de sua neurose. O neto alimentado pela psicose do ciúme, a se ver livre dos caprichos do avô, matara o seu ancestral e lhe arrancara os testículos.
Os membros da família, todos, foram marcados pelo julgamento do bairro. Todo cristão. Entregaram-se, todos daquela família, ao alcoolismo e à marginalidade social: ninguém lhes dirigia a palavra. Eram vistos como culpados de toda infração ocorrida na vizinhança. Viraram o bode expiatório que leva o “pecado” do bairro.
Justiça e vingança sempre são colocadas em pratos da mesma balança. Virtudes e vícios. Crueldade e hábitos. E tantas outras coisas criadas pela humanidade. Basta o olhar de quem pensa ou dispensa.
Toda cultura política religiosa e social é crônica em seu tempo e anacrônica em outro.
É o atraso do ocaso!
Sugiro este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=tHlJrpJxh5s
O bicho humano é complicado: ele sabe que sabe. E tem que conviver com esta consciência. Ele inventa Arte, Artesanato, Religião, Seitas e Dogmas. “Dogs” para vigiar seus instintos primitivos para viver agregadamente. Os outros bichos agem sem seus medos, não têm “nevroses”. E livres são comedidos sendo menos animalescos que o bicho homem e mulher, criadores de regras feitas para a transgressão seguindo seus tensos nervos.
Os deuses inventados são aqueles juízes que limitam os instintos e os mitos, aqueles que ampliam os sentimentos humanos. Coisas do pensamento.
Os clássicos – gregos e romanos – criaram os mitos: a enciumada Juno e Hera, a casta Diana, a Lua, e seu irmão Hélios ou Apolo que se encantava por Musas, Ninfas e rapazes transformando-os em flores como Jacinto. Baco ou Dionísio, ao contrário de Marte ou Ares, era efeminado, inspirava a libido. Zeus ou Júpiter se transformava no que fosse para suas aventuras sexuais. Inclusive raptou Ganímides ou Catamito, representou a relação do homem mais velho com um mais novo, efeminado.
E deste mundo também houve a Poeta Safo, da ilha Lesbos.
Outros deuses puniam e exigiam aquilo que extrapolava a razão que continha a natureza e os desejos. Eros ou Cupido, filho de Afrodite ou Vênus, fora transformado em Anjo assexuado. O desejo sexual fora recalcado com a sublimação angelical.
O filho do deus fora torturado e crucificado para dar o exemplo de renúncia. Não é à toa que políticas fascistas gostam de reverenciá-lo: exemplificam a violência da tortura como meio de expurgação histórica: cultura que exige sacrifício social e extirpação do diferente.
E foi assim que nos idos do vintege aquela família fora estigmatizada parecendo um caso de Nelson Rodrigues. Conta-se, quem viveu a época, que o rapazinho imberbe era de uma violência extrema. A família cristã. A violência acabara culminando com a morte trágica de seu avô.
O avô por sua vez abusava sexualmente do menino que crescera. A juventude não alimentava a fantasia do avô que se nutria apenas com a infância. Dispensou o neto e arrumara outro Ganímedes para lhe servir a bandeja de sua neurose. O neto alimentado pela psicose do ciúme, a se ver livre dos caprichos do avô, matara o seu ancestral e lhe arrancara os testículos.
Os membros da família, todos, foram marcados pelo julgamento do bairro. Todo cristão. Entregaram-se, todos daquela família, ao alcoolismo e à marginalidade social: ninguém lhes dirigia a palavra. Eram vistos como culpados de toda infração ocorrida na vizinhança. Viraram o bode expiatório que leva o “pecado” do bairro.
Justiça e vingança sempre são colocadas em pratos da mesma balança. Virtudes e vícios. Crueldade e hábitos. E tantas outras coisas criadas pela humanidade. Basta o olhar de quem pensa ou dispensa.
Toda cultura política religiosa e social é crônica em seu tempo e anacrônica em outro.
É o atraso do ocaso!
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Leonardo Lisbôa
Barbacena, 25/06/2020.
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Lei do Direito Autoral nº 9.610,
de 19 de Fevereiro de 1998.
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