Matemática do Amor

CONCORDO que quem escreve não é obrigado a focar em determinado tema. Escreve sobre o que deseja. Só que nem sempre consegue se esquivar de tratar do cotidiano porque este se impõe quase na marra. Mas, sejamos francos, o nosso cotidiano está nos saturando. Não está dando (pelo menos para mim) ficar refém apenas da tristeza, desolação, medo, desalento e sentindo asco pelas lideranças, autoridades, elites dirigentes.São na minha modesta opinião irresponsáveis, covardes. tíbios, confusos e incompetentes. Há exceções? Só vai rindo. Riso amarelo.

Bom, mas nesta maltraçada vou tratar de algo mais ameno:a matemática do amor. Estão rindo? Não deveriam. Sim porque há pessoas que acham que no amor se deve considerar apenas o que é positivo. as concordância, afinidades, combinações. identidade de opiniões. Que babaquice! Digo iso porque noamor temos que considerar também as divergências,as discordâncias, as brigas, discussões...Talvez essas diferenças sejam de fato os fatores que esquentam uma relação,somente as concordâncias, a relação pode ser alvo do tédio. O amor deve em quando precisa ser sacudido por uns tumultos, no bom sentido, claro.No amor dois e dois não são quatro, são cinco.

Adoro o que disse Clarice Lispector:

"Eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matematico errado; pensava que somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incomprensões, é que se ama verdadeiramente". BINGO.

No amor temos que botar o tempero do contraditório,a pimenta das zangas e molho das briguinhas que depois geram... Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 25/06/2020
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